sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Larvas Mentais (Miasmas) – Larvas Astrais – Parasitismo





“O homem não raramente é o obsessor de si mesmo”, é o que assevera Kardec.

Tal coisa, porém, bem poucos admitem. A grande maioria prefere lançar toda a culpa de seus tormentos e aflições aos Espíritos, livrando-se, segundo julgam, de maiores responsabilidades.

Kardec vai mais longe e explica: “Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo”.

Tais pessoas estão ao nosso redor. São doentes da alma. Percorrem os consultórios médicos em busca do diagnóstico impossível para a medicina terrena. São obsessores de si mesmos, vivendo um passado do qual não conseguem fugir. No porão de suas recordações estão vivos os fantasmas de suas vítimas, ou se reencontram com os a quem se acumpliciaram e que, quase sempre, os requisitam para a manutenção do conúbio degradante de outrora.

Mas existem também aqueles que portam auto-obsessão sutil, mais difícil de ser detectada. É, no entanto, moléstia que está grassando em larga escala atualmente. É incalculável o número de pessoas que comparecem aos consultórios, queixando-se dos mais diversos males – para os quais não existem medicamentos eficazes – e que são tipicamente portadores de auto-obsessão. São cultivadores de “moléstias fantasmas”. Vivem voltados para si mesmos, preocupando-se em excesso com a própria saúde (ou se descuidando dela), descobrindo sintomas, dramatizando as ocorrências mais corriqueiras do dia-a-dia, sofrendo por antecipação situações que jamais chegarão a se realizar, flagelando-se com o ciúme, a inveja, o egoísmo, o orgulho, o despotismo e transformandose em doentes imaginários, vítimas de si próprios, atormentados por si mesmos.

Esse estado mental abre campo para os desencarnados menos felizes, que dele se aproveitam para se
aproximar, instalando-se, aí sim, o desequilíbrio por obsessão.
Conforme o agir das pessoas, o pensar, as viciações, ocorrem o acoplamento vibratório de larvas astrais ou mentais, tomando formas de animais ou mesmo humanas a atormentar o seu hospedeiro.
 Vamos entender o que são e suas atuações.

São conhecidas como “miasmas ou larvas mentais”, criações mentais, formas pensamentos, que exigem trêselementos essenciais para subsistirem: uma substância orgânica, uma forma aparencial e uma energia vital.

Existem substâncias plásticas etéreas que permitem sua criação; a forma depende do sentimento ou da ação mental que inspirou sua criação e o elemento vital que as anima vêm do reservatório universal da energia cósmica,elementos esses gerados através de certos materiais utilizados em feitiços e magias negras.

A vida das larvas durará na medida da energia mental ou passional emitida no ato da criação e poderá ser
prolongada desde que, mesmo cessada a força criadora inicial, continuem elas a serem alimentadas por
pensamentos, idéias, vibrações da mesma natureza, de encarnados ou desencarnados, existentes na atmosfera astral, que superlotam de ponta a ponta, multiplicando-se continuamente. O ser pensante cria sempre, consciente ou inconscientemente, lançando na atmosfera astral, diferentes produtos mentais.

A criação consciente depende de o indivíduo sintonizar-se ou vibrar no momento, na onda mental que corresponde à determinada criação (amor, ódio, luxúria, ciúme, etc.) e por isso essa forma de criação raramente é normal, habitual, porque não é fácil determinar a forma da larva que corresponde à idéia ou ao sentimento criador; mas, a vontade adestrada, impulsionando a idéia ou o sentimento, pode realizar a criação que tem em vista e projetá-la no sentido ou direção visada, para produzir os efeitos desejados.

Os miasmas ou larvas astrais, quando fruto de um desejo, uma paixão ou um sentimento forte, se corporifica,recebe vida mais longa que o miasma ou larva astral simplesmente mental que, quase sempre, tem umaalimentação mais restrita, a não ser quando projetada por pessoa dotada de alto poder mental, ou por grupos de pessoas nas mesmas condições.

Os sacerdotes egípcios, por exemplo, criavam larvas para defenderem as tumbas dos mortos, animando- as de uma vida prolongada e elas se projetavam sobre os violadores de túmulos, provocando-lhes pertur bações graves e até mesmo a morte.

Muitas vezes, as larvas astrais são confundidas com Espíritos, mas na verdade nada mais são que resíduos energéticos em dissolução, que se desprendem de tudo na Natureza que “morre”. Quando algo, na Natureza, vive em desequilíbrio físico e energético, quando “morre”, desprende uma massa energética, que classificamos de larva astral. Essa energia, instintivamente, vagará em busca da satisfação de seus instintos e sensações, principalmente as que estavam acostumadas quando seu antigo hospedeiro era vivo. Podemos considerar as Larvas Astrais como Parasitas.

O que ocorre é que um molde energético, com contornos do antigo hospedeiro, para prolongar sua existência, irá em busca da satisfação que lhe dava prazer quando vivo. Esse “molde energético”, se não conseguir encontrar aquilo que lhe sustenta a “vida”, perderá sua essência, desaparecendo, pois irá ser absorvida pelo telurismo terrestre.

A larva astral possui uma aparência como uma espécie de nuvem diáfana, ou mesmo um pedaço de neblina,tomando formas muito parecidas como animais peçonhentos, agregando-se em certas partes do corpo áurico, nos órgãos relativos que recebem descargas energéticas mentais inferiores.

Quando a larva astral encontra alguém com o perfil do antigo hospedeiro, por atração vibratória, vai se apegar a essa pessoa, aderindo tenazmente em sua aura. A partir da conexão, a larva astral irá incentivar, através do desejo incontido, a pessoa a tomar atitudes ilícitas a fim de sentir vislumbres ou instantes de prazer a que estava acostumada, para que assim possa alimentar sua forma “viva”. O hospedeiro, infelizmente irá com suas atitudes inferiores (pois está sendo vibrado pela larva astral por afinidades), se destruir aos poucos, entregando aos vários tipos de vícios ou mesmo ficar adoentado.

Não se esqueça que a larva astral é um parasita e como tal irá exaurir seu hospedeiro até a última gota. No caso dos vícios, a larva astral irá fomentar a vontade do hospedeiro em sentir prazer imenso no uso ou na prática das viciações inferiores.

A larva astral irá precisar de “alimentos” cada vez mais intensos, a fim de poder se fortalecer.

Com o tempo, a larva astral irá perder a sua existência, que por sinal é curta. Mas, até que ela tenha sido extinta,deixará sua vítima num estado tal de prostração perigosa, podendo levar até a morte.

Se por infelicidade o hospedeiro for uma pessoa sem moral e por afinidade se ligou a uma larva astral, quando desencarnar, fatalmente de seu corpo de desprenderá uma nova larva astral, ansiosa por experimentar novas viciações e assim o ciclo continua.

Todo o tipo de vício ou defeito moral atrai larvas astrais, cada uma com sua necessidade.

Existem larvas astrais que se comprazem com o álcool, cigarro, drogas, sexo, imoralidade, etc., e quando grudam na aura de alguma pessoa possuidora desses defeitos morais, fatalmente os incentivará a praticarem mais e mais suas viciações. As práticas de religiões, magias e rituais descontrolados são vícios para uma pessoa.Principalmente pessoas que se metem com a magia sem o devido preparo, passam a fazer dela a sua razão de ser, transformando-a em vício. Existem larvas astrais que são atraídas por isso, encontrando satisfação em estarem unidas a pessoas assim.

Principalmente em oferendas ou despachos onde são utilizados materiais pesados, principalmente o álcool,sangue, ossos, etc., as larvas astrais sentem-se incontrolavelmente atraídas. Os vapores de sangue e álcool dão as larvas astrais à sensação de vida e por isso elas “enganam” as pessoas, principalmente a médiuns, e convence-os a efetuarem os tais despachos na forma de sangue e álcool, muitas vezes intuindo os médiuns despreparados,que são Entidades de Luz ou Exus e as Pombas-Gira, pedindo (a presença do álcool em oferendas, obedece a certos influxos energéticos que só Entidades de Luz e os verdadeiros Exus e Pombas-Gira sabem como lidar; não é a torto e a direita que se deve fazer tal uso).

As larvas astrais são para os corpos sutis, o que o cascão e a sujeira são para o corpo físico. Muitas pessoas transformam a Magia em passatempo e brincam com aquilo que não entendem, muitas vezes por curiosidade ou mesmo porque pensam estarem investidos com “poderes especiais”, ficando assim, importantes perante as pessoas.

Algumas larvas astrais não se limitam a somente circundar pessoas. Elas também sugam energias de residências, empresas, terrenos, etc., lembre-se que a larva astral busca aquilo que lhe da prazer. Por isso muitas larvas habitam Templos religiosos, se nutrindo da fé cega e irracional das pessoas que freqüentam esses Templos.

Muitas pessoas viciadas em magias e ocultismo, quando desencarnam, liberam suas larvas astrais e estas vão a busca de novos hospedeiros. Quando encontram pessoas com tendências misticóides, aderem-se à aura dessas pessoas dando a ilusão de que são poderosas e que tudo podem, condicionando-as de que são magistas.



As larvas astrais não são corpos sutis, não são seres, Espíritos, alma. São apenas matéria grosseira, energia deletéria, um aglomerado de energia negativa plasmada, animada pelos resquícios do instinto e agora em dissolução. Muitos magos negros ou mesmo Espíritos inferiores, através da manipulação energética e magística,com feitiçarias e magias negras conseguem fazer com que certos tipos de larvas astrais ataquem seus desafetos, drenando suas energias, transformando-os em verdadeiros zumbis.


domingo, 5 de agosto de 2012

Homossexualidade e Espiritismo

HOMOSSEXUALIDADE COMO EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE HUMANA. NORMAL OU ANORMAL?

 

O Espírito, expressão da Chama Divina, em sua jornada evolutiva, manifesta-se de diferentes formas visando aprender e ascender espiritualmente. Seu corpo espiritual, ou perispírito, veículo de manifestação na dimensão de origem,  permite-lhe relacionar-se de diferentes formas dada sua plasticidade e suscetibilidade ao pensamento. Quando envolvido pelo corpo físico, o Espírito experimenta limitações em função da rigidez cromossômica que lhe caracteriza a formação. Em face disso, a vivência de sua sexualidade encontra obstáculos para que se manifeste plenamente. A sexualidade humana é a dimensão que capacitou o espírito a constituir sua afetividade. Sem ela, não conseguiria o Espírito experimentar as demonstrações de carinho e amor de que tem sido capaz nas suas suas relações com o outro:

A homossexualidade, forma diferenciada de viver a dimensão afetiva, estudada por muitos cientistas com distintas opiniões, teve sua saída do rol dos transtornos mentais desde o século passado, pondo fim às oficiais rejeições homofóbicas preconceituosas. O Espírito é livre para manifestar sua dimensão afetiva, sexual e amorosa como lhe apraz, sendo uma questão de foro íntimo como a vive, respeitando o direito do outro com quem pretenda estabelecer relações. Evocar causas genéticas, sociais ou cármicas é, de fato, ainda não entender a natureza íntima do Espírito.

Rotular a homossexualidade como anormal ou considerá-la uma perversão ainda é parte do preconceito movido pela ignorância e pela não aceitação da própria bissexualidade psíquica, inerente a todo ser humano. A Doutrina Espírita, em seus princípios fundamentais, declara a neutralidade do Espírito quando afirma que os mesmos espíritos habitam corpos masculinos e femininos. O corpo físico, com sua anatomia e seu funcionamento, é incompetente e ineficiente para manifestar a diversidade sexual que pulsa na intimidade da alma, tampouco é capaz de conter a ânsia que domina o Espírito em ser ele mesmo. A evolução deverá permitir, pelas diferentes formas de relações humanas que estão surgindo, que haja livre manifestação da sexualidade humana sem que se precise criar casuísmos nem eliciar preconceitos retrógrados. O amor deve ser o elemento principal de nossa percepção a respeito do comportamento de alguém.
Adenáuer Novaes
Psicólogo Clínico

Q.367 - Unindo-se ao corpo, o Espírito se identifica com a matéria?
“A matéria é apenas o envoltório do Espírito, como o vestuário o é do corpo. Unindo-se a este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritual.”
Q.200 - Tem sexo os Espíritos?
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.”
Q.201 - Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”
Q.202 – Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou  no de uma mulher?
“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
O Livro dos Espíritos (79ª edição -Feb)
Allan Kardec


HOMOSEXUALIDADE SOB A ÓTICA DO ESPÍRITO IMORTAL

1. Qual a visão espírita sobre a homossexualidade? É ou não uma doença à luz do Espírito imortal?
A homossexualidade, segundo a ciência, é uma orientação afetivo-sexual normal.
Não há uma visão que seja consenso sobre o assunto no movimento espírita, mas há excelentes textos dos espíritos André Luiz e Emmanuel nos direcionando o pensamento e a reflexão para o respeito, acolhimento e a inclusão da pessoa homossexual, entendendo a homossexualidade como uma condição evolutiva natural (e o termo “natural” como sinônimo de “presente na natureza”) decorrente de múltiplos fatores, sempre individuais para cada espírito. Essa condição, quando exclusiva ou predominante na vida do espírito, é construída ou escolhida em função de tarefas específicas ou provas redentoras, incluindo aí as condições expiatórias e reeducativas devidas a abusos afetivo-sexuais no passado, que parecem ser a causa determinante da maior parte das condições homossexuais, segundo a literatura espírita.

Emmanuel esclarece, em Vida e Sexo (psicografia de Chico Xavier), que o espírito é portador da bissexualidade psíquica, em função de ser assexuado em sua natureza e vivenciar as duas polaridades, de forma alternada, ao longo das múltiplas vivências encarnatórias. A atração sexual e afetiva da experiência presente é o resultado de uma interação de fatores biológicos e psicológicos que varia enormemente de indivíduo para indivíduo, tanto na encarnação quanto nas suas fases.
Desta forma, encontraremos indivíduos vivenciando experiência homossexual, sem ser essa a identidade predominante, caracterizando uma série de vivências que necessidade também de individualização para serem compreendidas à luz da reencarnação, sem que haja uma receita de bolo para essas múltiplas circunstâncias desafiadoras dos valores sociais, religiosos e até mesmo científicos. Explico isso com detalhes na obra Homossexualidade sob a ótica do espírito imortal.

2. Qual a diferença entre orientação e escolha sexual?
A orientação sexual é definida pelo sexo pelo qual o ser se atrai. Pode ser heterossexual (sexos diferentes), homossexual (mesmo sexo) ou bissexual (os dois sexos). Há aqueles que defendem ainda que o ser pode ser assexual, ou seja, não se atrair por nenhum dos sexos. Escolha sexual é o que o indivíduo faz a partir do seu desejo, como se comporta na parceria afetiva-sexual. A homossexualidade, na maioria dos casos, é uma orientação e não escolha.
3. Em todos os casos, o espírito já renasce homossexual? É possível reverter essa orientação?
Nem sempre. A orientação homossexual pode surgir ao longo da vida, devido a múltiplos fatores biológicos, emocionais e espirituais, como acontece com os diferentes tipos de desejo heterossexual.

Não se conhecem métodos psicoterapêuticos eficazes para a para a reversão do desejo sexual e nem há necessidade disso, já que a homossexualidade é uma variante normal do desejo sexual humano, segundo a psicologia. Só há necessidade de atenção e cuidado psicológico quando o indivíduo não se aceita como é (condição egodistônica) e precisa de auxílio para a autoaceitação e auto-amor ou quando o desejo for sintoma, como no caso de abusos sexuais na infância.

4. Existem casos de homossexualidade desenvolvida exclusivamente pela educação na infância? Em caso afirmativo, é possí-vel reverter o processo?
Sim, a orientação sexual sofre influência decisiva do processo educacional, como Freud e outros estudiosos descreveram. O desejo sexual é originado, segundo a psicologia, dos movimentos reacionais inconscientes aos processos de amadurecimento psicossexual. Nesta perspectiva, toda orientação, seja hetero ou homossexual, é uma escolha inconsciente.
5. Como devem se comportar os pais de um indivíduo que se descubra homossexual?
O acolhimento amoroso da família é fundamental para que o indivíduo homossexual possa se aceitar, se compreender, entendendo o papel dessa condição em sua vida atual, e para que se sinta digno e responsável perante suas escolhas.
A família é o núcleo em que se encontram corações compromissados em projetos reencarnatórios comuns, com vínculos pessoais de cada um com o passado daqueles que com eles convivem, devendo ser cada membro dessa célula da sociedade um esteio para que o melhor do outro venha à tona, por meio da experiência amorosa.
Os pais de homossexuais poderão ler e compartilhar interessantes experiências de outros pais no site e nos livros de Edith Modesto: http://www.gph.org.br.


6. O homossexual não consegue de forma alguma ter atração por pessoa do sexo oposto ou isso pode acontecer de forma natural?
O homossexual exclusivo só se atrai por alguém do mesmo sexo, já o bissexual se atrai pelos dois sexos. A bissexualidade se apresenta com porcentagens diferenciadas de desejo, assim uma pessoa bissexual pode ser homossexual predominante, ter vida e comportamento homossexual e mesmo assim ter atração minoritária por alguém do sexo oposto. E vice-versa.

7. O homem homossexual se sente uma mulher? A mulher homossexual se sente um homem?
Não, o homossexual tem a identidade do próprio sexo, o que significa que se olha no espelho e se sente do seu sexo biológico, não se sente do sexo oposto nem deseja sê-lo. Isso não impede que as identificações sejam com o mesmo sexo ou com o sexo oposto, fazendo com que o indivíduo seja mais ou menos masculinizado ou feminilizado.

8. Considerando a imortalidade da alma, como entender os relacionamentos homossexuais?
Como caminhos de crescimento espiritual, como qualquer relacionamento, desde que pautados no respeito, na afetividade e na amorosidade. A postura na vivência da sexualidade, para homossexuais, deve ser a mesma aconselhada pelos espíritos a heterossexuais: dignidade, respeito a si mesmo e ao outro, valorização da família, da parceria afetiva profunda no casamento e dedicação da energia sexual criativa em benefício da comunidade em que está inserido.

9. Muitos consideram que a abstinência é uma recomendação educativa no caso de homossexualidade. Qual seu parecer?
Muitos poucos espíritos estão prontos para a abstinência sexual, que só é útil quando a serviço do benefício coletivo ou como medida disciplinar em casos de compulsão sexual.
O homossexual tem direito a uma vida afetiva e sexual plena, competindo a cada um o reconhecimento do que lhe convém ou não, em termos de prática e conduta. Todos devem evitar os abusos, a promiscuidade, o comércio do corpo e a banalização da energia sexual, que é força sagrada destinada a alimentar o corpo e a alma de afetos e nutrição espiritual.

10. Por que e para que buscar o tratamento do vício em pornografia?
-Porque o vício da pornografia cultiva uma imagem deturpada do homem e da mulher, fazendo-os objetos de desejo, alimentando a violência interpessoal, abrindo as portas para a obsessão espiritual e trazendo à tona conflitos e núcleos afetivos adoecidos complexos do passado espiritual, que colocam o ser em perturbação, fazendo-o desvalorizar os afetos e as relações atuais, as lutas reeducativas e o aprendizado da grandiosidade da energia e prática sexual à luz do amor e da imortalidade da alma.

11. Fale sobre o HIV/aids numa visão médico-espírita.
Trata-se, em breves linhas, de uma condição de infecção ou doença, que convida o ser à reeducação afetiva-sexual e ao cultivo da espiritualidade, atitudes que fortalecem o organismo e a imunidade física e espiritual. Há um capítulo sobre o tema na nossa obra.
Andrei Moreira
Médico
Jornal de Estudos Psicológicos - Ano V l N° 23 l Julho e Agosto 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tirando Dúvidas de Espiritismo com Anete Guimarães

Tirando Dúvidas de Espiritismo com Anete Guimarães, realizado no dia 16/06/2012 na cidade de Jales/SP. A Rede Amigo Espírita www.redeamigoespirita.com.br realizou com parceria com a Web Rádio Fraternidade (Uberlândia/MG) www.radiofraternidade.com.br
Participaram os ouvintes da Rádio e membros da Rede Amigo enviando suas perguntas.
Nesta primeira parte ela responde perguntas sobre Mediunidade Ostensiva, crianças no mundo espiritual, distúrbio mental, sexualidade e masturbação, homossexualidade, evangelho no lar, sofrimento dos animais, entre outros.

1ª parte

2ª parte

domingo, 27 de maio de 2012

Iamar Zuza - Prece de Cáritas



Para quem quiser pegar o mp3 e até falar com o Iamar:
iamar_zuza_-_música_da_prece_de_cáritas

Tem vários arranjos no You Tube para a Prece de Cáritas mas nenhum  tem  harmonia, rítmo e interpretação tão coesos com esta maravilhosa Prece!
Parabéns Iamar!
Lindo!!!!!
Inspiradíssimo!!!!

sábado, 26 de maio de 2012

A Magia das Horas Abertas para as Preces



Muitos dizem que todos os horários das Horas Abertas são especialmente utilizados para as práticas magística visando o mal, e por isso devemos nos proteger nesses momentos; discordamos. Somente um dos horários é utilizado tanto para o mal quanto para o bem. Para entendermos, temos que estudar a importância do Prâna solar. Pelo estudo da cosmo-energia, verificaremos a importância do Prâna na subsistência da vida planetária.

Tudo na Natureza recebe a energia do Sol, portanto, tudo esta carregado de Prâna, e é esse mesmo Prâna que está contido em todos os elementos da Natureza, e vai-nos dar força e resistência para o nosso sustento na Terra.Entre as inúmeras forças que emanam do Sol, destacamos os três principais, muito conhecidos no Oriente, e que são as mais importantes e úteis à humanidade. Cada uma destas forças se manifesta em todos os planos do sistema solar. São elas:

 “Fohat”: que é mais conhecida por nós como “eletricidade”, e que pode transformar-se em calor,
magnetismo, luz e força ou movimento.
 “Kundalini”: energia solar muito vigorosa, que se concentra no seio da Terra, e depois flui com muita
intensidade para a periferia ativando tudo e todos, com muita transformação e criatividade.
 “Prâna”: cuja energia em potencial é responsável por todas as manifestações de vida no Universo.

Vamos nos ater ao Prâna, por ser o objetivo principal desse trabalho. Prâna, do sânscrito, de “pra”, para fora, e de“na”, respirar; viver; textualmente quer dizer: “Sopro da Vida”.

Em todas as manifestações de vida no planeta, ali existe Prâna. Em todos os planos de existência, tanto material quanto espiritual, o Prâna é a vida manifestada. Temos a coordenação e a edificação das moléculas físicas, devido à manifestação de Prâna. As formas minerais, vegetal, animal e hominal se compõem graças a manifestação do Prâna. Em todo o processo gradativo da formação material para a manifestação do Espírito imortal, em todos os estágios de adaptações, todo o modelamento progressivo e demorado, é regado pelo Prâna dadivoso para que se plasmem todas as formas de vida. O Prâna não é um efeito da vida, mas sim está presente e atuante em todas as expressões da vida no Universo, porque ele alimenta desde o campo dos pensamentos e idéias do homem, assim como os sentimentos da emoção do Espírito.

Quando há excesso de Prâna no homem, esse é afetado em sua saúde, pois o sistema nervoso torna-se excitado e irregular. É caso favorável para a enfermidade física. Quando há quantidade insuficiente de Prâna no homem, esse se torna anêmico e morre pela exaustão. Se soubéssemos trabalhar corretamente na absorção e controle do Prâna em nosso organismo, conseguiríamos eliminar muitas moléstias. Vamos absorver o Prâna, através da respiração, pele, água, alimentos, ingestão de chás, banhos com ervas, das oferendas e defumações, mas,principalmente através da vontade dirigida através de orações e da prática do Ritual das Santas Almas Benditas.

O Prâna Físico é de cor branca em sua manifestação unitária, devido a união de todas as cores do espectro solar.Os vegetais, os animais e os homens assimilam e irrigam-se de Prâna como primordial na vida, mas possuem uma cor em sintonia perfeita com seu tipo biológico, e suas atividades psíquicas. Não se tem notícia de criatura nenhuma que tenha assimilado todos os sete matizes coloridos do Prâna. Somente Jesus, em raros instantes, e durante seus êxtases de oração, conseguiu revelar matizes imaculados do Prâna. No reino animal, somente o gato consegue absorver os sete matizes do Prâna, mas na condição de matizes inferiores. Por isso, na Antigüidade, era dado muito valor ao gato devido ao conhecimento dessa absorção dos sete matizes inferiores, os quais eram usados em magias.

A maior importância do Prâna é a vitalidade em todos os planos de manifestação dos seres e das coisas. Em uma combinação do Prâna Astral e o Prâna Físico, surge o fruto da matéria nervosa. Graças ao Prâna, diz a tradição oriental, o “verbo se fez homem”, pois a vitalidade do Universo e dos seres é o próprio Prâna. Enfim o Prâna permite o Espírito descer dos reinos sutis até a vida física, e despertar o indivíduo para o existir. Vejam então em poucas palavras, a importância do Prana no Universo. Depois dessa curta, mas, elucidativa explicação da importância do Prâna em nossas vidas, podemos prosseguir com o nosso raciocínio.

O Prâna nos é fornecido pelo Sol. O Sol inicia seu ciclo doador de Prâna no raiar do dia, às 06h00min da manhã, e encerra suas emanações ao entardecer, às 18h00min. A partir desse horário, nós passamos a viver da reserva prânica absorvida durante o dia (daí, a importância de se tomar Sol em horários recomendados pela medicina). O prana solar pode ser obtido através da exposição luz do Sol ou pela ingestão de água exposta à mesma. A exposição prolongada ou Prâna solar em excesso pode ser prejudicial ao corpo físico, pois este tipo de Prâna é muito potente. A partir das 18h00min o nosso corpo passa a viver das reservas prânicas absorvidas durante o dia. Pelo obvio, às 00h00min, já absorvemos todo o Prâna da nossa reserva, e ai, entramos na fase de hibernação (horário de dormir), onde todo o nosso corpo se aquieta entrando em profundo adormecimento, só funcionando os órgãos essenciais, mas, de maneira calma e suave.

As energias negativas de toda ordem, bem como as feituras de magias negras e feitiçarias, só terão sucesso vibratório se manipuladas durante um horário onde o Prâna solar inexiste. Não nos esqueçamos; o Prâna é vida; o Prâna vem do Sol; nenhuma energia negativa manipulada em feitiços e magias negras consegue ser mantida durante os horários em que haja abundância de Prâna. O Prâna “destrói” emanações vibratórias negativas advindas de manipulação magísticas negativas.

Portanto, as magias negras perdem suas forças se feitas durante o dia. Só terão força vibratória se forem
manipuladas em horários onde o Prâna é fraco; geralmente são feitas das 21h00min às 03h00min. Das 00h00min,às 00h20min, é o ápice do horário onde o Prâna solar inexiste; é um horário de emanações especiais, aproveitado para manipulações energéticas negativas o que não acontece das 21h00min às 23h59min, ou das 00h20min às 03h00min, pois são horários considerados “menos potentes” para manipulações negativas, mas mesmo assim, utilizados. A 00h00min é um momento especial magístico e será explanado logo abaixo.

Agora poderemos entender o porquê são chamadas de horas abertas. São horários propícios ao recolhimento espiritual e as cerimônias sagradas; o interessante é que muito dos cultos religiosos, no mundo inteiro, são orientados a realizarem suas orações nesses horários (as emanações sempre se dão no pico do horário e até 20 minutos após).

Hora Aberta – 06h00min:
Nesse horário iniciam-se as emanações juvenis de Prâna solar. É o momento em que o nosso corpo acorda da hibernação necessária, e prepara-se para o dia-a-dia. Ao acordar, primeiramente haverá o acoplamento do nosso Corpo Astral com o Corpo Físico e a mente inicia suas atividades. Portanto, é um horário excelente para orações e a reza do Rosário para as coisas relativas ao Espírito e a mente.

Hora Aberta – 09h00min (9 horas da manhã):
Nesse horário em especial, as emanações prânicas do Sol atingem a sua fase varonil. É um momento especial onde essas energias estão entrando em nosso corpo de modo especial, pois irrigam abundantemente o nosso chacra coronal e o chacra frontal, iluminando de modo especial a glândula hipófise e a epífise (glândula pineal), responsável pela nossa mediunidade. Em especial, a glândula pineal vibra intensamente nesse horário. Portanto é um horário excelente para orações e a reza do Rosário para as coisas relativas à mediunidade.

Os Guias Espirituais nos orientam que os trabalhos espirituais sejam efetuados às Sextas-Feiras com início às 20h00min. Por quê? Sexta-Feira é um dia que tem a irradiação maior do Planeta Vênus. Nesse dia, tudo o que tem relação com o amor está em casa. A energia de Vênus favorece o amor, a amizade, a reconciliação e a beleza.Início dos trabalhos às 20h00min. 20h00min é a hora do Sol – aquele que ilumina e cria. O Pai. A humanidade.
Esta hora é favorável para conseguir ajuda e proteção. Influência, fama, fortuna, brilho pessoal, prosperidade e sucesso. Geralmente, realizamos todo um processo litúrgico e ritualístico que consomem 01 hora aproximadamente. As manifestações mediúnicas geralmente ocorrem às 21h00min. 21h00min é a hora de Vênus -Aquela que atrai. A união. Dá mais força em qualquer operação ou trabalho mágico em que se pretenda ajudar alguém a vencer uma questão emocional, sentimental, etc. Esta hora é favorável para todas as coisas que dependem do amor, afeição, uniões, casamentos e arte. Indicado para cerimônias que invocam as forças superiores e para as cerimônias simbólicas. Portanto, daí, podemos avaliar, primeiramente o porquê os Guias Espirituais sempre orientaram realizar os Trabalhos às Sextas-Feiras, com início as 20h00min, e o porquê as incorporações ocorrem aproximadamente às 21h00min.

Hora Aberta – 12h00min (meio-dia):
Nesse horário as emanações prânicas do Sol está em sua fase varonil, em sua maior fase doadora. É o momento em que o nosso corpo está carregado de Prâna, mas, ainda falta algo especial. Nesse horário, precisamos absorver também, o Prâna existente na Natureza (cada elemento da Natureza absorve Prâna do Sol, e depois de absorvido passa a emanar um Prâna próprio; cada elemento da Natureza exuda um tipo particular de Prâna). É à hora de almoçar, e do nosso corpo absorver o Prâna particular de cada alimento. É o grande momento da saúde plena. Portanto é um horário excelente para orações e a reza do Rosário para a saúde física.

Hora Aberta – 15h00min (3 horas da tarde)
Nesse horário, as emanações prânicas do Sol estão em sua fase de maturidade, ou seja, todos os órgãos físicos e espirituais do ser estão totalmente irrigados de prâna. É o momento que nós temos mais facilidade de comunicação e sociabilidade. Excelente momento de expansão e criatividade que podem trazer novos horizontes de trabalho. O pensamento é rápido para achar soluções pra tudo. É o momento da transmissão de confiança. É um horário excelente para coisas relativas ao plano material; oportunidades, trabalho, dinheiro, vida profissional, financeira e material.

Hora Aberta – 18h00min (6 horas da tarde) – Hora da Ave-Maria
Nesse horário, as emanações de Prâna estão em sua fase senil; cessam de serem emanadas do Sol. O ciclo se fecha mais uma vez. É o momento em que o nosso corpo deixa de receber Prâna solar e passa a viver da reserva acumulada durante o dia. É um momento de recolhimento, onde devemos nos preparar, pois já não é mais dia e a noite está chegando. É o momento de nos recolhermos depois de um dia de trabalho, depois de um dia de ganha pão honesto. O corpo requer descanso. Nesse horário, realizaremos nossas orações e a reza do Rosário para que nos seja enviada a iluminação na escuridão. É a hora de encerrarmos um dia de labuta, agradecendo a Deus a oportunidade que recebemos de termos saúde para o nosso ganho e o nosso sustento. Nesse horário, o amor se expande, pois voltamos aos nossos lares a fim de reencontrarmos nossos familiares, as pessoas que amamos. Missão cumprida.
É um horário especial, relacionado à união, ao amor filial e familiar. É a hora da mãe. É a Hora da Ave-Maria.

Hora Aberta – 00h00min (meia-noite) – A Hora Grande
Um grande mistério envolve a meia-noite.À meia-noite o Prâna solar inexiste. Nesse horário, o nosso corpo entrará em estado de hibernação (sono), pois já “gastou” toda a reserva de Prâna adquirida
durante o dia. Por isso, as feitiçarias e magias negras são frequentemente efetuadas nesse horário, pois os magos negros experimentados são sabedores que estamos “fracos” de Prâna, e mais facilmente podem nos prejudicar;por isso os magos negros à utilizam a 00h00min para suas manipulações negativas. Observem que é a noite que é cometida a grande maioria dos assassinatos, roubos, prostituição e toda sorte de maldades. Nesse horário em especial que as trevas manipulam suas maldades contra os da luz. Portanto é um horário excelente para orações e a rezas para as coisas relativas à nossa proteção contra as hostes do mal.
(O Ritual do Rosário das Santas Almas Benditas-Pai Juruá)

Necessidade de Objetivo



A busca de um sentido existencial por parte do ser humano constitui-lhe uma força inata impulsionadora para o seu progresso. Ao identificá-lo, torna-se-lhe o objetivo básico a ser conquistado, empenhando todos os recursos para a consecução da meta. Graças a isso, que podem ser os seus ideais, as suas necessidades, as suas ambições, oferece a vida e não teme a morte, conseguindo, inclusive, permanecer sob as mais miseráveis e inumanas condições, desde que essa chama permaneça acesa interiormente.

Trata-se de um sentido pessoal que ninguém pode oferecer, e que é particular a cada qual. Torna-se, de futuro, um ideal de grupo, em razão de constituir interesse coletivo, porém a sua origem se encontra no nível de consciência e de pensamento individual, que elegem o que fazer e como fazê-lo. Não pode ser elegido por outrem ou brindado, senão conseguido pelo próprio ser.
Possivelmente será proposto quando se é despertado para o interesse, chamando-lhe a atenção, mas a sua eleição é pessoal.


Jesus, ante a transitoriedade dos valores terrestres e a fugacidade do corpo, propôs a busca do reino de Deus e Sua justiça, elucidando que, após esta primazia tudo mais será acrescentado. Isto é, estabelecendo o mais importante — o sentido, o objetivo existencial —as demais aspirações se tornam secundárias e chegarão naturalmente.
Esse reino de Deus encontra-se na consciência tranqüila, que resulta do dever retamente cumprido, dos compromissos bem conduzidos, dos objetivos delineados com acerto. Graças a essa diretriz, a aquisição dos recursos faz-se com naturalidade, como um acréscimo, que é a conseqüência básica.


Todos necessitam de um algo para motivar-se, para viver.
Essa busca de significado, de objetivo ou sentido não pode ser resultado de uma fé ancestral, isto é, de uma crença destituída de fatos, que se dilui ante dificuldades, principalmente os conflitos internos, mas da luz da razão que se transforma em vontade de conseguir uma vida mais expressiva, mais rica de conteúdo, de aspirações profundas e autênticas.
Um afeto familiar, um ideal em desenvolvimento, o lar, uma atividade dignificadora, o retorno a um serviço interrompido tornam-se, entre muitos outros, objefivos que dão sentido à vida, favorecendo meios para se lutar.


Sustentaram incontáveis encarcerados nos campos de trabalho forçado e de extermínio, mesmo quando exauridos, e nada mais lhes restava, sempre aguardando ser o próximo a morrer... Ainda vitalizam milhões outros que se encontram em situações inumanas, vítimas de homens e mulheres arbitrários, de sistemas injustos, de situações penosas.


Certamente, o oposto também dá sentido — infeliz é certo — a outras existências: o ódio, o ressentimento, a ânsia de poder, tornando as suas trajetórias adrede fanadas, porque os mesmos são máscaras do ego ferido, que não se tornam razões de paz, antes se fazem contínuo tormento.
Quando se tem o porquê viver, a forma de como viver até lograr o objetivo torna-se secundária. Esse impulso primário no ser, faz que supere os obstáculos e impedimentos com o pensamento no que conseguirá.


Alguns psicoterapeutas afirmam que os princípios morais, que lhes parecem metafísicos, nada têm a ver com o sentido ou significado existencial. E se olvidam de todos quantos lhes entregaram as vidas, plenificando-se saudavelmente. Informam, ademais, que esse sentido resulta daquilo que pode enfrentar a existência, não nascendo com ela.
Somos de parecer que o sentido, o objetivo, o essencial, é a auto-superação das paixões, a auto-iluminação para bem discernir o que se deve e se pode fazer, para harmonizar-se em si mesmo, em relação ao seu próximo e ao grupo social no qual se encontra, bem como à Vida, à Natureza, Deus...


Os princípios morais — alguns inatos ao ser humano — são indispensáveis. Não porém as imposições morais-sociais, geográficas, estabelecidas legalmente e logo desacreditadas. Mas aqueles que são inerentes, derivados do mais profundo e básico, que é o amor. Respeitar a vida, amando-a; fomentar o progresso, trabalhando; construir a felicidade, perseverando; não fazer a outrem o que não deseja que o mesmo lhe faça, eliminam a possibilidade de consciência de culpa, de conflito, e dão-lhe um padrão para o comportamento equilibrado, uma diretriz para a conduta sadia.


O ser atua moralmente, porque sente o impulso interno da vida que se submete às Leis que a regem.
Essa força interior que o leva à prática dos atos corretos, o Bem, no início, é metafísica, pois procede do Psiquismo Causal, para depois tornar-se uma necessidade transformada em ações, portanto nos fatos que lhe confirmam a excelência.
Quando escasseiam esses princípios na mente e na emoção, o indivíduo, desestruturado, enferma e a mais eficaz solução é o amorterapia, impulsionando-o a permitir que desabrochem os sentimentos de fraternidade, de solidariedade, de perdão, de auto-entrega, assim aparecendo significados para continuar-se a viver.


Muitos aposentados e idosos, depressivos diversos, que se neurotizaram, recuperam-se através do serviço ao próximo, da autodoação à comunidade, do labor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.


Sem meta não se vive, obedece-se aos automatismos fisiológicos em perigoso crepúsculo psicológico, a um passo do suicídio.
Quando o ser se percebe atuante, produtivo, necessário, vibra e produz. Todo e qualquer contributo psicoterapêutico, logoterapêutico, há de considerar a autovalorização do paciente.
Jesus sintetizou-o, na resposta com que concluiu o diálogo com o sacerdote que o interrogara a respeito do reino dos céus: — Vai tu e faze o mesmo.

AMOR, IMBATÍVEL AMOR -JOANNA DE ÂNGELIS & DIVALDO FRANCO

terça-feira, 8 de maio de 2012

Oração de Perdão



Oração ou Meditação da Compaixão
(Acrescente o que desejar. Reze com intensidade e muita sinceridade.)
Que você seja feliz.
Que você seja livre.
Que você seja amoroso.
Que você seja amado.
Que o Senhor o(a) leve à mais completa perfeição a que seu amor o chama.
Que você seja bem-sucedido em todos os seus esforços.
Que você experimente a satisfação da paz no corpo e na alma.
Que você conheça o Senhor em toda a sua bondade.
Que você tenha perdoadas todas as transgressões.
Eu perdôo a você de todo o meu coração e alma.
Que você saiba o que significa ser filho de Deus.
Que você experimente a glória de possuir o Reino de Deus.
Que você viva e caminhe em paz e amizade com todas as criaturas de Deus.
Que todas as bênçãos sejam suas.
Que a bondade e o amor mostrem-se em todas as coisas que você fizer e em tudo o que for feito a você.
Que você seja um, com toda a criação de Deus.
Que você experimente as bênçãos da graça de Deus por toda a eternidade!



(da querida Fada San)

domingo, 22 de abril de 2012

ANSIEDADE ,TOC ,SÍNDROME DO PÂNICO

A visão espírita do transtorno do pânico amplia os horizontes já citados dos referenciais biológicos e psicológicos, já que remonta às possíveis causas e propõe uma terapêutica positivamente de mudança do ser espiritual reencarnado.

Em O Evangelho Segundo O Espiritismo, no capítulo 5, temos dois ítens que tratam das causas atuais das aflições e das causas passadas das aflições, onde os benfeitores maiores nos dizem que tudo aquilo que não foi gerado nesta existência, como causa do efeito que agora se experimenta, seguramente esta causa estará em uma outra existência.

Sendo Deus infinitamente justo e perfeito, suas leis são sempre perfeitas. E quando os benfeitores espirituais nos esclarecem em O Livro dos Espíritos que a lei de Deus está escrita na própria consciência, temos aí o guia que nos orienta quanto à qualidade das nossas ações.

Joanna de Ângelis, Espírito, em sua obra Amor, Imbatível Amor afirma que as raízes do transtorno do pânico encontram-se na criatura que desconsiderou as Soberanas Leis e se reencarna com predisposição fisiológica, imprimindo nos genes a necessidade da reparação dos delitos passados que ficaram sem a retificação, porque ficaram desconhecidos da justiça humana, porém, não da justiça divina e da própria consciência.

A pessoa abre campo para uma série de resgates, abrindo também campo para o processo obsessivo, por parte de entidades espirituais que se utilizam dos arquivos mentais do doente, para manipular seus pensamentos e emoções, criando quadros aterradores para quem lhe padece o conúbio devastador.

Por isso, o Mestre nos adverte docemente, como encontramos em Mateus 5:25 - concilia-te com o teu inimigo. Isso porque, se podemos nos ter por conta de nossos melhores amigos, somos também nós mesmos os nossos piores inimigos. Nossos inimigos maiores são as nossas imperfeições! Nossos piores adversários estão dentro de nós. Reconciliar é mudar enquanto é tempo. É não permitir-se desencarnar com o sentimento da culpa, que é tão avassalador. Para aquele que desencarna, a realidade espiritual é encontrar do outro lado do espelho da vida aquela realidade que nos mostra como realmente somos e estamos, sem máscaras a nos ocultar o íntimo.

Assim, temos na qualidade dos nossos atos, pensamentos e sentimentos os alteradores de nosso modelo organizador biológico, aquele que modelará nosso futuro corpo em uma nova reencarnação. Podemos desde agora usar deste conhecimento para a conquista do bem estar integral do ser. Jesus nos disse que tudo é possível àquele que crê. Crer aqui não é só o acreditar, mas também é o fazer a sua parte para conquistar aquilo que se crê, buscando na prece os recursos balsamisantes da renovação e exercitando as virtudes do amor e do perdão, dentro do trabalho ativo do bem.


Joanna de Ângelis &  Divaldo P. Franco em Dias Gloriosos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Reminiscências de um fumante











Deixei, por fim, o corpo em conseqüência de grave crise de
enfisema pulmonar. O cigarro, ao longo do tempo, fizera o seu trabalho. 

Haviam sido inúteis todas as minhas tentativas para deixar de fumar. Nos últimos dias, porém, eu nem podia falar em cigarro. Creio que tudo fazia parte de uma preparação para que, além da morte, desejo de fumar não me atormentasse. Digo-lhes, no entanto, que tive de lutar muito; vezes sem conta levava a mão aos bolsos, procurando os cigarros de palha que costumava guardar no jaleco. Desencarnar é operação das mais simples; difícil é esquecer os velhos hábitos. 

Confesso-lhes que, de certa forma, eu me sentia perdido, hesitando entre partir e ficar. Não era tanto apego aos bens, que eu sabia não mais me pertencerem - eu havia me despojado de quase
todos eles ainda em vida -, mas a insegurança de quem se sente numa encruzilhada.

 Nos momentos de agonia, enquanto tentava respirar com o
auxílio do balão de oxigênio, via diversos vultos ao meu lado, semblantes amigos que eu podia identificar; todavia, nos recessos do ser eu me sentia a sós - a sós com o que eu fizera de mim mesmo, ao longo de uma existência que poderia ter sido mais profícua. 

Sentindo que não adiantava continuar resistindo, encorajei-me nas preces dos amigos que oravam em silêncio, ao
redor do meu leito, e entreguei-me. Pude notar quando os laços que me mantinham preso ao corpo se afrouxaram. A consciência entrou numa espécie de turbilhão e senti-me caindo para dentro de mim.

Imagens de mim mesmo começaram céleres, a desfilar diante dos olhos que eu havia cerrado para o mundo. O conhecimento espírita adquirido a peso de ingentes sacrifícios me assessorava na inevitável introspecção.


 Sem exagero, afirmo-lhes que a minha condição de médico psiquiatra de nada me valeu naquela hora: sequer me veio à lembrança, em forma de socorro, pelo menos uma das teorias dos grandes luminares da Psicanálise. 

Um medo cada vez maior da verdade - do confronto inevitável
comigo - foi, aos poucos, se apossando de mim. Eu não havia sido tão benemérito quanto me consideravam! A considerável distância, mas como se ainda permanecesse de ouvidos colados ao corpo, pude escutar quando o médico chamado às pressas, sentenciou: 

—Acabou! Quando eu o ouvi dizer que tudo estava consumado, comecei, estranhamente, a me sentir mais leve ainda. 

Eu me compararia, naquela situação, a uma pluma soprada em rodopios pelo vento. Onde estaria o chão, que eu não conseguia tocar?! Devagar fui me tranqüilizando, buscando concentrar esforços na oração. Eu me sentia frágil - mais frágil do que propriamente enfraquecido. 

Instante algum, eu perdera a consciência; sem dúvida, mais tarde, me entregaria aos braços de indispensável sono reparador, mas, querendo observar tudo, eu me mantinha alerta. Queria experimentar por mim todas as fases do fenômeno.

 O que conhecia, à exaustão, na fértil bibliografia espírita, desejava saber por mim mesmo. Afinal, segundo creio aquela era a primeira vez em que deixava o corpo com alguma lucidez. Cansara de doutrinar espíritos nas sessões de desobsessão, que desvinculados da vida física, não conseguiam se situar no espaço e no tempo.

 Não quero exauri-los com as minhas narrativas e procurarei ater-me apenas ao essencial. Talvez quem esteja me lendo estas
palavras formule o questionamento: —Mas o quê? O grande Inácio Ferreira embaraçado depois da morte?! Inacreditável!




Carlos Bacelli/ Inácio Ferreira - Do outro lado do Espelho

OBSTÁCULOS À MEDIUNIDADE:

A mediunidade tem, como fim providencial, a elevação espiritual da Humanidade e do planeta que habita. Como consequência, faculta o intercâmbio dos desencarnados com os homens, rompendo a cortina que aparentemente os separa, destruindo na base a negação e o cepticismo a que muitos se aferram. Da mesma forma, oferece a correta visão da realidade de ultratumba, ampliando a compreensão em torno do mundo primeiro e causal onde todos se originam e para o qual retornam; dá ensejo ao esforço de promoção cultural e moral, graças ao qual se torna possível a libertação dos vícios e dos atavismos mais primários que lhe predominam em a natureza.

A faculdade mediúnica propicia o esclarecimento dos que se demoram na rebeldia espiritual, num ou noutro lado da vida, auxiliando a terapia das alienações e, sobretudo, da desagregação interior que resulta do desconhecimento das Leis que os Espíritos Superiores explicam e ajudam a ser respeitadas, em face da finalidade que têm de manter a ordem e o equilíbrio, que constituem fundamento primacial no Universo.

Assim, o exercício mediúnico fortalece os laços da fraternidade entre os habitantes das duas esferas de diferentes vibrações, ampliando a área do afeto e eliminando o ódio cáustico que infelicita grande faixa de seres; estimula a humildade, pois que demonstra, diante da grandeza da Vida, a pequenez do homem, não obstante ser o grande investimento do Amor que o promove e eleva através dos milênios, trabalhando pelo seu engrandecimento.

A mediunidade bem exercida leva o trabalhador ao mediumato, que tem, em Jesus, o Modelo, por haver sido, por excelência, o perfeito Médium de Deus, graças à sintonia ideal mantida com o Pai. Apesar de tais objetivos, há escolhos graves que se lhe antepõem, intentando impedir-lhe os logros elevados. O mais cruel são as imperfeições morais do próprio médium, que permitem a interferência dos maus Espíritos como dos frívolos, que com ele se afinam, mantendo identificação de propósitos, naturalmente de natureza inferior. Concomitantemente, esse intercâmbio de características negativas ou vulgares determina o aparecimento das síndromes obsessivas que, não cuidadas em tempo próprio, se transformam em malsinada fascinação e subjugação, com graves riscos, inclusive, de vida para o invigilante.

Essa inferioridade em a natureza moral do médium, quando não encontra conveniente educação e aprimoramento, responde por incontáveis males que não deixam o medianeiro alcançar o elevado mister a que está destinado. Por essas razões, variam os graus de mediunidade, em decorrência dos registros que tipificam as credenciais intelecto-morais de cada um. Da mesma forma, diferem os tipos de mediunidade, e graças à sua larga faixa, a documentação da sobrevivência melhor se afirma, fazendo que se esboroem as hipóteses que se lhe contrapõem com arroubos de negação da sua real procedência.  

O médium deve, como efeito dos perigos a que está exposto, trabalhar pelo aprimoramento íntimo constante, exercendo o seu ministério com abnegação e desinteresse, mediante o que granjeia a simpatia dos Bons Espíritos, que passam a assisti-lo, ao mesmo tempo em que haure recursos fluídicos entre aqueles que lhe recebem os benefícios, adquirindo mais segurança e capacidade de autodoação. Assim se fortalece e sai das frequências mais baixas vivendando, então, os ideais relevantes e altruísticos.

O orgulho e a presunção, a indolência e a irresponsabilidade, tão do agrado das pessoas descuidadas em relação aos compromissos de alto porte, não devem vigernas atitudes de quem abraça a tarefa mediúnica, pois que aquelas qualidades perniciosas do caráter tornam-se-lhe escolhos perigosos. Vemos, no dia-a-dia, esses indivíduos instáveis e incorretos, exercendo a mediunidade com insegurança e descontrole, com altibaixos que bem denotam a sua conduta reprochável e o seu deplorável estado íntimo.

Não é a mediunidade responsável por esses comportamentos ridículos e perigosos, conforme fazem crer alguns médiuns inescrupulosos, mas eles mesmos, por serem de constituição moral frágil e emocionalmente atormentados, tenteando com os episódios obsessivos que terminarão por vitimá-los, mais tarde. Exercem a faculdade mediúnica para autopromoção, sem escrúpulo nem consciência correta dos próprios atos.

Acreditando-se criaturas especiais, permitem-se contínuas leviandades, brincando com as forças da vida, que atiram aos jogos espúrios dos interesses imediatos, descambando para graves situações nas quais se infelicitam e aos demais prejudicam. Ardilosos, mentem, dissimulam, disfarçando esses sentimentos inferiores como sendo influência dos Espíritos maus, o que realmente sucede às vezes, porém pela simples razão de serem eles mesmos os responsáveis pela ocorrência, em face da afinidade recíproca existente, assim se comprazendo em permanecer na postura que fingem deplorar.

Os médiuns seguros, conforme definiu Allan Kardec, ouvem as comunicações de que se fazem intermediários, aplicando-as em favor do próprio progresso, cônscios dos compromissos dignos que assumiram e buscam desincumbir-se com dignidade. São, por isso mesmo, homens honrados, que mais facilmente se engrandecem pelos exemplos de que dão mostras, tornando-se merecedores de ser seguidos pelo bem-estar que exteriorizam, porque o fruem na sua vivência cotidiana.

O diluente eficaz para esses obstáculos da mediunidade é, desse modo, o aprimoramento moral do sensitivo, que encontrará no trabalho da edificação do bem e da caridade, na oração e no estudo edificante, as forças para romper os impedimentos próprios da sua natureza em estágio de progresso, alcançando os patamares da libertação.

do Livro TEMAS DA VIDA E DA MORTE - MANOEL P. DE MIRANDA - PÁG. 125

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Anencefalia

     Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
     De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.
     O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
     Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
     Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
     Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
     Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
     Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
     Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
     Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
     Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
     Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
     Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.

                           *

    É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
    Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
     Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
     Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
     Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
     Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
     Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
     Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
     Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
     Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
     ... E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
     Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
     A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
     As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
     Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
     O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…

                      *

     Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
     Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
     Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
     Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

                            Joanna de Ângelis


          

quarta-feira, 28 de março de 2012

Alzheimer uma doença espiritual


Alzheimer uma doença espiritual
 
Américo Canhoto (São Paulo)
           
Américo Marques Canhoto, médico especialista,  casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978.
Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de São Paulo. Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico : Dr. Eduardo Monteiro.
Procurando por  este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que lhe informou:
Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito.
 

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar -  dois casos na família. Achamos importante também analisar o problema dos 'cuidadores' do doente (família).
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual. Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje? Serão confiáveis como sempre foram? Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc. Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar? Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar? É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?




Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer




 Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:
  
a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
 h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de 'ratinho de laboratório'.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (transtorno obsessivo compulsivo) com freqüência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.
  
Gatilhos que costumam desencadear o processo:




- Na atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam - especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças. Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.
Alzheimer e mediunidade

- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos. Chegam a transmitirem o que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.
Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade o filme das vidas passadas (bem mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o que 'fizemos' juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência. Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas durante processos febris.
Obsessão
- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muito adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças e retaliações. É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer. Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo? O doente ou a família?
 
Alzheimer - o umbral para os ainda encarnados

- O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada agradáveis. Os 'cuidadores' desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.
  
O espírito volta para a vitrine
- Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal. Esse tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.
Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais da saúde?
Como médica, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia um 'docinho de coco', com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois do nada agredia os outros internos - na decisão de consenso optou-se por manter as tradicionais 'camisas de força' (remédios que todos conhecem).
  
Os cuidadores




- Mesmo com medo de ter que 'cuidar de uma antiga criança mal educada' como se tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de desenvolvermos qualidades espirituais a 'toque de caixa'. Feliz de quem encara essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de suportar tal tarefa com calma - Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão? Serão os cuidadores vítimas ou felizardos? O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida...
Quantos cuidadores se tornarão doentes?
- Alerta: 'Cuidadores' costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.
O que é possível aprender como cuidador?  Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro. Amor.
  
Para o 'cuidador' é diferente o Alzheimer rico do pobre?

- O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros. Quem ganha o que e quanto? Terceirizar tem algum mérito? Tornar-se doente de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos 'cuidados'?
Cuidador ou responsável?
- Tal e qual na infância temos pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.
O que o cuidador ganha ou perde?
- Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado? - Quem ou o que dita os valores? Quem ganha ou perde o que? Em qual condições? - Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo muito bem...



 

O problema da obsessão




- Quem obsidia quem? Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.
Não foi possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de mediunidade': você fez isso ou aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.
Quem ganha e quem perde a briga? O doente parece estar em situação desfavorável, pois aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir - mas, quem sabe ele abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e conchavos) - Quem sabe?
A dieta influencia
- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega3 e ômega6, devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.
 
Doença silenciosa?

- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
Fique esperto: Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar voltar a usar fraldas.
  
O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?

- Sim pode, mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento. Lógico que pode ser contagioso; mas pela convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.
  
Remédios resolvem?

- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse - pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.
Remédios previnem?
- Claro que não - apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio á terceira idade. A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
 A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.




Qual a vacina?




- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva.
 O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade. Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
 'Amai-vos e instruí-vos'.




Quer evitar tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.

Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente, além das dúvidas que levantamos esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.
Até breve. Muita paz...




Artigo.: Alzheimer: É Possível Evitar
Por.: Dr. Américo Marques Canhoto 
Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.





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