domingo, 28 de dezembro de 2014

CONTÁGIO BIOENERGÉTICO

Entenda a importância das práticas de bioenergia para a proteção contra os assédios e obsessões, assim como para a melhoria dos trabalhos mediúnicos. 
            Nosso psicossoma ou corpo astral está ligado a nosso corpo físico pelo cordão de prata. Este cordão bioenergético prateado liga as bioenergias que permeiam o corpo físico as bioenergias que permeiam o corpo astral.
            Então você e eu somos um espírito (vou considerar espírito a mesma coisa que psicossoma ou corpo astral), estamos dentro de um corpo onde existe um campo invisível de energia por dentro e por fora.
            Este campo de energia é chamado duplo etérico por uns ou holochacra por outros, e é justamente aí onde residem todos os nossos chacras ou ventoinhas para trocas energéticas com o ambiente. Olhando bem firme para uma pessoa num fundo branco, talvez você consiga ver uns 2 cm de uma nuvem acinzentada-branca em volta da mesma.
            Este campo ou holochacra é bem fácil de ver e ainda não é nossa aura. O holochacra é nossa vitalidade e disposição e as pessoas prestes a desencarnarem, ficam com este bem fraquinho e tênue de forma que em determinado momento o cordão de prata se rompe espontaneamente e o psicossoma fica livre para voltar para casa, as colônias espirituais, sua verdadeira morada.
            A aura é um campo maior, mais sutil, mais volúvel e colorido que tem a ver mais com nossos pensamentos e sentimentos do momento. Esta aura é mais difícil de ver e exige certo grau de clarividência. Muitos utilizam erroneamente o termo vidência. Este quer dizer ver. Todos nós somos videntes, porém não somos clarividentes, ou seja, não enxergamos além do plano material denso.
            A aura pode trazer os estigmas ou marcas kármicas da pessoa, mas não é fácil distinguir e fazer esta leitura, mas além da clarividência, a aura pode ser captada intuitivamente ou por psicometria (leitura energética). Karma, espiritualidade, duplo etérico, chacras, mediunidade e viagem astral, tem uma íntima relação. Quase não dá para separá-los.
            Enquanto você pensa que é apenas seu corpo físico e acha que está imune a quem não te agride fisicamente, realmente está alheio ao contágio bioenergético, ou seja, o assédio por espíritos ignorantes.
            O assédio ou obsessão é uma interligação de um espírito ruim com nosso corpo energético ou holochacra (também chamado duplo etérico).
            O obsessor precisa de um gancho ou ponto de apoio para ficar grudado em você. É o que alguns chamam de encosto e é a mesma coisa que obsessão. Então o assédio ou obsessão espiritual é uma conexão bioenergética negativa, doentia entre duas consciências.
            O assédio ou obsessão é um trabalho de equipe, ou seja, nunca há um culpado somente. O obsessor e o obsidiado cooperam igualmente para o sucesso do processo. Todo assédio é culpa de todos os participantes.
            Quem têm bons pensamentos e vive uma vida íntegra, com certeza têm menos obsessões. Não basta cair na ingenuidade de apenas orar, pois não é suficiente. Elevar os pensamentos ao Criador ou a seres Celestiais deve ser uma norma de conduta diária e não só para os momentos de oração ou trabalhos de energia
            Todos nós, seja mais ou menos vezes, somos assediados, raras exceções. Só estão imunes pessoas que possuem um autocontrole total de pensamentos e sobre as próprias bioenergias.
 

O ASSÉDIO OU OBSESSÃO PODE-SE REALIZAR:
A) QUANTO À DISTÂNCIA
* Perto;
* Longe.

B) QUANTO À GRUPALIDADE
* Individual;
* Coletivo.

C) QUANTO AO KARMA
* Kármicos;
* Eventuais.

D) QUANTO À DIMENSÃO
* De encarnado para encarnado;
* De encarnado para desencarnado;
* De desencarnado para encarnado;
* De desencarnado para desencarnado. 

A) QUANTO A DISTÂNCIA
** Contágio Bioenergético ou Obsessão **
            Em toda obsessão há contágio bioenergético ou troca de energias entre duas ou mais consciências. Quando me refiro a consciência, pode ser um ser encarnado ou desencarnado.
            Porém nem sempre em todo "contágio" bioenergético há obsessão. São os casos de acoplamento bioenergético com os amparadores ou espíritos bons. Desta forma, não poderá ser chamado de contágio.
            Quando um obsessor acopla em seu holochacra, ele vampiriza (suga) suas boas energias de vitalidade e doa às dele que são doentias. É uma troca. Porém, pode haver troca de energias sem presença de qualquer consciência, um fato anímico menos comum, mas possível, efetuado em trabalhos de energia, onde o doador/receptor controla e direciona onde e como, deseja exteriorizar/captar as energias.
            As trocas de bioenergias sadias, estão presentes os amparadores (espíritos bons) e nas trocas doentias, os espíritos ignorantes (assediadores).                                                                              

** Distância **

            Para as bioenergias não há distância física e nem mesmo dimensional.
            Posso enviar boas energias (orações, lembranças, passe, reiki, jorhei, prana, etc) para meu irmão que desencarnou e mudou para outra dimensão.
            Posso enviar também para amigos e parentes que moram longe ou doentes em hospitais que nem conheço por simples pensamento carregado por um ato de vontade. 

** Qualidade **

            Bons pensamentos e sentimentos geram boas energias e estas são salutares, reconfortadoras, anestesiantes, consoladoras, curativas e esclarecedoras.
            Maus pensamentos como raiva, inveja, tristeza, mágoa, depressão, ódio e vingança, geram péssimas energias para o gerador (própria pessoa) e para os possíveis receptores (quem está no mesmo ambiente sempre está receptivo). O livro O KARMA E SUAS LEIS fala bastante sobre isto e possui até ilustrações quanto aos contágios bioenergéticos e explica bem o assunto. 

** Veículos ou formas de contágio **
            As bioenergias podem ir por e-mail, carta, telefone, vídeo, site, entre outras formas de comunicação. Por isto é sempre bom antes de abrir, receber, ver, atender qualquer um destes pacotes, estar previamente preparado e enviar ao menos 3 segundos de boas energias impondo as duas mãos em posição ostensiva e elevando o máximo os pensamentos. Imagine saindo das palmas de suas mãos e dos punhos muitas luzes brilhantes indo direto ao alvo que desejam limpar.

** Contágio Inconsciente **
            Quando você já está tranquilo e relaxado a noite em casa e se lembra de alguma pessoa com raiva ou mágoa, que lhe ofendeu no decorrer da semana, está criando com ela um elo bioenergético de comunicação e troca.
            Os obsessores da pessoa que é o sujeito de seus pensamentos vão pegar carona nesta corrente e ir aterrissar em seu lar e talvez você tenha muitos pesadelos a noite e estes obsessores o levem para passear fora do corpo nos umbrais da vida.
            É o contágio bioenergético a distância que desencadeia uma obsessão encomendada de presente. 

** Como Evitar **
            Perdoando, elevando os pensamentos, sentindo paz, luz e amor na mente e no coração. Não é fácil para mim também, mas é fato. Aliás Jesus já falou isto há muito tempo.
            O fato é que suas energias acompanham a qualidade de seus pensamentos. Seus pensamentos são livres para visitar qualquer pessoa em qualquer lugar ou dimensão, por isto tome cuidado com eles. Se seus pensamentos visitarem um "poço de lodo" o lodo poderá chagar até você.
            É um princípio matemático de AÇÃO E REAÇÃO que não temos escapatória. 

B) QUANTO A GRUPALIDADE
            Você pode pensar mal de uma pessoa (individual) ou pode pensar mal de um grupo (coletivo) ou vice-versa. Se uma conexão bioenergética negativa com um já é prejuízo, imagine com vários!
            Se você tem rancor de 4 pessoas, por exemplo, cada um tem no mínimo 3 obsessores, você talvez ganhe uma encomenda de 3 x 4 = 12 "amiguinhos". Depois não reclame de mau humor, mau estar, brigas em casa e no trabalho, pesadelos, mioclonia, preguiça, bocejos, irritações, dor de cabeça, nuca e ombros pesados, entre outros aborrecimentos.
            Se por um lado quando eu prejudico, ou tento prejudicar alguém, eu aumento minha coleção de obsessores, quando eu ajudo alguém, eu aumento minha coleção de amparadores. Se ajudar uma pessoa, o amigo espiritual dela, estará disponível para me ajudar também, eventualmente.
            Muitos vão ao Centro Espírita, ou em outros lugares tomar passes e se aliviar, mas é momentâneo. As vezes você entra no Centro ou mesmo a Igreja, e o obsessor te espera na porta. Você entra, ele fica, você sai e ele volta sorrindo para te abraçar.
            Tomar passes não adianta de nada se não houver mudança interna ou reforma íntima e elevação do padrão de pensamentos e atitudes. Você já viu em filmes o ladrão antes do assalto, orando e pedindo a Deus para que o assalto dê certo? Que espíritos você acha que irão ajudar a este personagem?

C) QUANTO AO KARMA
            Assédios kármicos ou eventuais
            A própria definição destes conceitos já se auto-explica bem.
            O que é kármico é consequência de vidas passadas, é mais duro e complicado e o que é eventual é assédio desta vida e é mais fácil de lidar e resolver.
            Bem, ambos podem ser resolvidos ou minimizados nesta vida, mas não é fácil. Os estigmas kármicos são inexoráveis na maioria absoluta das pessoas. É o que chamo de karma negativo, existe em vários graus, contextos e situações inusitadas.
            Alguns assédios kármicos são resolvidos com grandes mudanças de comportamento de mal para bom. É o que procuro fazer em minha vida para minimizar meus sofrimentos.
            Uma obsessão eventual, você deu mole, soltou um mal pensamento, estava passando um obsessor por perto e fisgou você, ou melhor, você o fisgou. 

D) QUANTO A DIMENSÃO
            Os exemplos citados até aqui foram de encarnado para encarnado e de encarnado para desencarnado, portanto não iremos repetir.
            O contágio pode se dar nos dois sentidos: encarnado-desencarnado ou desencarnado-encarnado.
            De encarnado para desencarnado, por exemplo, é alguém que evoca com saudades um ser amado que já faleceu.
            De desencarnado para encarnado, é o espírito ignorante que capta seus maus pensamentos e vem te sugar as energias te deixando mal.
            De desencarnado para desencarnado - Qualquer ser denso, ou seja, uma pessoa que teve uma vida de má fé, ao desencarnar irá vagar nas dimensões densas chamadas de umbral. Lá irá encontrar desencarnados de igual ou pior teor que a perseguirão ou a escravizarão. É um caso muito comum. 

** Sistemas de Defesa e Proteção **
            Outros preferem o controle dos pensamentos e sentimentos. Um controle eficiente deste, gera boas energias e os obsessores não gostam de boas energias, eles não conseguem ficar perto de você.
            Outros utilizam Mantras. Mantras ou Mantras são palavras que evocam:
a) Um holopensene;
b) Uma egrégora. 

a) Um Holopensene
Holo: todo
Pen: Pensamento
Sen: sentimento
En: energias

Ou seja, um conjunto de pensamentos sadios e positivos, que geram um sentimento e energias correspondentes, ou seja, positivos.
 b) Uma egrégora

Toda egrégora contém um holopensene, porém a recíproca não é verdadeira. Um holopensene alimentado por muitas pessoas, durante muitas gerações, cria uma bolha de energia imensa, poderosa e viva, e quando você a evoca através de um mantra curto (uma palavra) ou longo (uma frase ou oração), ele corre em teu auxílio em função de suas características naturais e peculiares.
 

** Mantras **
Exemplos de alguns mantras: amor, paz, luz, om, om mani padme rum, om shanti, satnan, Jesus, Cristo, etc.
Os mantras variam conforme a cultura e o local e quanto mais antigo, mais poderoso é a egrégora que sintoniza o mantra. A escola Hindu é muito boa em mantras e possui os mais antigos. Inclusive o nome do Mestre Ramatis é a fusão de dois mantras.
Existem outros sistemas a base de magia com amuletos, ervas e poções, mas aqui no ocidente poucos sabem de fato fazer e nesta área eu não conheço nada. 

** Crenças de Proteção **
A fé pura e simplesmente não ajuda muita coisa.
Montar altar em casa, também não.
Mandingas, patuás, ferradura, figa, pé de coelho, trevos e outras porcarias inócuas não ajudam, a não ser no processo psicológico de acalmar a si próprio e sentir uma segurança íntima para quem acredita.
A ação de cristais ou incensos também não é eficiente.

REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO  -  POR DALTON CAMPOS ROQUE E ANDRÉA

O Karma e Suas Leis

Imaginação e Realidade

O cérebro não diferencia imaginação de realidade! - Dr. Milton Moura


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Estamos em constante contato com o mundo físico, grosseiro, com a sensação de estarmos separados dos objetos de nossa percepção. Nesse fenômeno de difícil solução, o problema difícil dos neurocientistas, necessitamos de uma ampliação de conceitos e contextos para seu esclarecimento. Há uma cisão entre sujei
to e objeto na captação da realidade. Tudo aquilo que aparece em nossa percepção, captado pelos meus
 órgãos dos sentidos, encontra-se separado – nós conseguimos compartilhar as experiências com outros observadores devido a esse fenômeno. Esse processo de captação da realidade necessita de uma explicação baseada no que entendemos por consciência. Há vários neurocientistas que vem estudando a consciência
 como sendo um padrão de processos mentais, ou seja, um epifenômeno do cérebro. Essa visão é limitante
 deixa as pesquisas estacionadas. A fisica quântica trouxe para a equação a presença do observador. Ela
 admite que todos os objetos do universo são ondas de possibilidades e portanto, não podem provocar seu próprio colapso de onda. Temos que admitir a existência de algo fora do sistema capaz de converter possibilidade em realidade e esse algo não material é a consciência. A consciência é capaz de intermediar 
esse colapso das ondas de possibilidades em fato manifesto deixando claro e livre de paradoxos que qual
quer realidade ocorre em dois domínios: POSSIBILIDADES E FATO MANIFESTO.
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Hoje, com o avanço da tecnologia de mapeamento cerebral, podemos estudar o cérebro de 
forma dinâmica. Isso trouxe uma importante consequência para as pesquisas da consciência. O cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Os mesmos processos de sinapses utilizada pelo cérebro
 durante a percepção de um objeto separado e externo é o mesmo processo de sinapses utilizados durante a imaginação desse mesmo objeto, agora apenas em nossa percepção interna, particular. Isso começa a proporcionar um embasamento científico para todas as terapias que lidam com o campo sutil, sejam elas oficializadas por órgãos competentes ou não. O fato de um grupo de pessoas apenas imaginar que estão aprendendo uma determinada habilidade comparada com outro grupo que realmente estão treinando mecanicamente esta habilidade, não mostrou nenhuma diferença significativa entre ambos. Esse conceito
 fez despertar, emergir o conceito da neuroplasticidade. A capacidade que todos temos de criar novos circui
tos cerebrais para expressar novas habilidades de nossa consciência. Estimular a formação de novas sinap
ses em um processo denominado de sinaptogênese é feito a cada momento diante das inúmeras percepções 
que captamos do mundo exterior. Essas novas sinapses determinam novas redes neurais que por sua vez formarão novas memórias. Vejam a interligação entre percepção e memória. Percepção exige memória e memória exige percepção. Com certeza essa circularidade quer nos dizer alguma coisa e ter a consciência 
como epifenômeno do cérebro não ajudará na compreensão desse processo.
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Meus amigos, em breve utilizarei esses conceitos para exemplificar como a terapia mente/corpo pode ser utilizada, trazendo uma expansão para o tratamento médico em busca de uma avaliação integral do ser
 humano.
Abraços a todos!
Milton.
Aqui esta o raciocínio que permite o embasamento das diversas terapias mente/corpo disponíveis hoje. 
Acredito que em um futuro bem próximo a medicina oficial incorporará em suas práticas a opção da medi
tação, da contemplação, da oração, das atividades físicas relaxantes, das terapias energéticas além da abor
dagem alopática hoje em prática. O ser humano necessita de uma abordagem integral pois é um ser integral, constituído de intuições, pensamentos, sentimentos além da biologia molecular que o envolve.
COMUNICAÇÃO MENTE-CORPO
Como conversamos anteriormente no texto sobre Realidade e Imaginação, o cérebro não consegue diferen
ciar realidade de imaginação. Quando entramos em contato com o mundo externo, tornando real aquele momento em nossa percepção ocorre a cisão sujeito/objeto, ou seja, percebo a realidade-objeto separado 
da minha consciência ao mesmo tempo que guardo a sensação de ser o sujeito observando. Estamos a todo instante mensurando as coisas ao nosso redor. A consciência utiliza a interface cerebral a disposição para identificar-se com o cérebro em cada mensuração quântica realizada. Estímulos diversos chegam ao cére
bro dando oportunidade para co-criarmos a realidade. Esses estímulos necessitam da luz refletida sobre 
os objetos para que haja a percepção do mesmo armazenando-os para posterior aprendizado, ou seja, a memória. Há uma região 
, determinada pelas avaliações dinâmicas de mapeamento cerebral, denominada hipocampo com plena ati
vidade nesse processo. Essa área do hipocampo recebe as primeiras impressões dos estímulos externos e 
guarda uma interconexão bem próxima com o córtex cerebral responsável pelas atividades somestésicas
 e motoras, que determinam nossas ações.
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As informações advindas das diversas interações sociais que o ser humano vivência em seu dia
 a dia alimentam o córtex cerebral e o hipocampo. Uma palavra mal interpretada, uma dúvida sobre 
sua conduta pessoal, um vizinho que chega e não lhe cumprimenta, um chefe com extrema soberba disfere ordens e mais ordens, contas que chegam e dinheiro que falta para pagá-las, a indiferença das pessoas que o cercam, a violência verbal e não verbal do transito das cidades hodiernas, a impaciência dos transeuntes, 
as palavras e gestos impensados contra as pessoas que amamos diante de uma contrariedade, irritabilidade 
no comportamento diário, preocupações diversas no setor familiar como a educação dos filhos, ou seja, o
 viver de cada um de nós no dia a dia. Esses contatos e interações sociais alimentam nosso psiquismo e nos
so cérebro. Todas essas impressões e vibrações vivenciadas pelo ser humano requer uma gama de energias 
que qualificam cada experiência. Nossas células nervosas estimuladas por todo esse conteúdo vibracional 
dessas experiências fazem tocar um acorde especifico em nosso corpo, utilizando-se de moléculas especifi
cas chamadas de substâncias informacionais: hormônios, neurotransmissores, peptídeos, etc. Essas substân
cias, por sua vez, estimulam o núcleo da célula a produzirem, por intermédio 
do DNA, o RNA mensageiro que ira até o citoplasma para sintetizar a proteína especifica para 
a finalidade em questão. Chegamos assim em uma comunicação entre mente-corpo-gene.
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O estímulo percorre então este percurso estabelecendo uma comunicação entre mente e cérebro (mente-cérebro), depois continua a comunicação entre cérebro e corpo (cérebro-corpo) que por fim chega à 
célula que se comunica com o gene (célula-gene). Os trabalhos de neurocientistas mostram que o tempo 
para o estimulo percorrer o percurso mente-cérebro, cérebro-corpo e célula-gene leva cerca de 120
minutos e que o tempo da informação percorrer célula-gene dura cerca de 20 minutos. Esse conhecimento 
é fantástico! A mente, através de nossos pensamentos, estimula o cérebro que se comunica com o corpo
 que atua na célula e chega nos genes estimulando-os a produzirem suas proteínas especificas para exerce
rem suas
 funções específicas.
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Meditação, contemplação, oração, sono reparador, terapias energéticas, exercícios físicos relaxantes e até mesmo a medicina convencional ganham um novo aliado em busca da compreensão da saúde. Tranquilizar 
a mente, serenidade, calma, benevolência, caridade, gratidão, perdão, humildade, equilíbrio, fraternidade, indulgência, esperança, compreensão, valores diversos esquecidos ou adormecidos, irão fazer tocar um 
acorde diferente, onde essas informações, agora com um novo teor vibracional, chegarão até as células fazendo-as produzirem as proteínas adequadas para funções adequadas promovendo nossa saúde.
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Precisamos estar atentos em nosso dia a dia para escolhermos a opção de sermos saudáveis.
Dizer não aos nossos hábitos e condicionamentos limitantes e limitados por nosso sistema de crenças domi
nado pelo nosso EGO. Despertar para a necessidade de transformação pessoal através de um processo de criatividade interna trará ao nível consciente novas possibilidades para a realidade co-criada de cada um
 de nós e essa transformação pessoal terá um efeito dominó, inicialmente em nós mesmos e nas pessoas que 
nos cercam e assim atingiremos o coletivo contagiando-os pela nossa transformação pessoal, em aceitando nossos sentimentos deslocados de nossa mente consciente e dando uma nova interpretação para os temas arquetípicos como a VERDADE, BELEZA, BONDADE, JUSTIÇA, ABUNDÂNCIA E AMOR. Esses valores anda
m esquecidos ou adormecidos e devemos buscar esses temas constantemente para criar um novo contexto
 e, por consequência, darmos novos significados de valor para a realidade que criamos para nós mesmos
Abraços fraternos
Milton Moura- médico cardiologista com subespecialidade  em arritmias cardíacas (eletrofisiologia).
Formação em ativismo quântico pelo Centro de Ativismo Quântico com Amit Goswami.Facilitador
 Psych-K básico e avançado.  http://ativismoquantico.com/

Vicios, moral e plano de vida!

OS VÍCIOS ARRASAM MORALMENTE TODO PLANO DE VIDA DO SER HUMANO



viciosEm Montichiari, norte da Itália, foi inaugurado um interessante restaurante montado num ambiente repleto de sugestões “antidrogas”. E a escolha da cidade foi estratégica, pois Montichiari tem 25 mil habitantes, mas é recordista italiana no consumo de cocaína, com 14 doses diárias a cada mil habitantes, segundo recente pesquisa oficial do Ministério da Saúde italiano, superando Milão, com 9,1 doses, em 2009. A decoração do cenário reproduz tecnologicamente [1] os danos provocados pela droga (cocaína) no cérebro humano. Os aparelhos de televisão instalados estrategicamente nas paredes não transmitem programação de emissoras de TV, mas depoimentos de ex-drogados.[2] Os fregueses saem do ambiente com lembretes ajuizadíssimos sobre as implicações do uso de drogas.
Enquanto há esse nobre e inusitado exemplo na Itália, aqui pelo Brasil surgem os arautos da legalização das drogas. Talvez aí estejamos diante de um complexo dilema: o que seria resolver o problema das drogas? Consentir o consumo? Autorizar a compra e venda só de maconha? Permitir o consumo de outros entorpecentes? Ou a solução é erradicar as drogas do planeta? Como fazê-lo? Será possível uma sociedade livre das drogas? Sempre haverá pessoas interessadas no uso de substâncias que alteram a consciência?
No Brasil há um inquietante movimento para a liberalização do uso de substância extraída da maconha apoiado no argumento de que o canabidiol (CBD) seja uma substância terapêutica que não altera os sentidos e não provoca dependência. No entanto, o psiquiatra José Alexandre Crippa, da Universidade de São Paulo, um dos maiores estudiosos do Brasil de canabinóides, alerta que a extração do CBD nunca vem pura; contém sempre alguma quantidade de Tetra-hidrocanabinol (THC), o composto que provoca as alterações dos sentidos, e aí está o perigo.
Mais de 20 países já autorizam o comércio de remédios à base de canabidiol, incluindo alguns estados americanos, Inglaterra, Israel e Uruguai. O Brasil está fora dessa lista, porém importar já é possível, embora a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) imponha várias exigências ao laudo médico, entre elas a comprovação de que o paciente pode morrer sem administração do medicamento canabidiol. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo autoriza a prescrição de CBD apenas para crianças com algumas doenças específicas.
Cremos que mais importante que discutir a descriminalização de drogas é a urgência de debater a assistência ao contingente assombroso de dependentes químicos que se encontram categoricamente desassistidos pelo Estado. Obviamente as regras que se aplicam às drogas ilegais deveriam ser aplicadas às bebidas alcoólicas (catastrófica droga legalizada) que deveria ser criminalizada no mundo com urgência. Acredita-se que se a maconha for tão acessível para o viciado quanto os alcoólicos, é presumível que desaqueça a bestialidade provinda do tráfico. Porém, não nos enganemos, o consumo alargará, aumentando o número de moléstias e mortes ocasionadas pelo uso permanente de outras drogas.
Sob o ponto de vista espírita, compreendemos que todos os tipos de vícios dão campo a ameaçadores micro-organismos psíquicos no domínio da alma. Transgressões violentas, como uso de drogas (sobretudo bebidas alcoólicas), rompem o revestimento magnético que possuímos e as consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura. “Paralelamente aos micróbios alojados no corpo físico há bacilos de natureza psíquica, quais larvas portadoras de vigoroso magnetismo animal. Essas larvas constituem alimento habitual dos espíritos desencarnados [obsessores] e fixados nas sensações animalizadas. A indiferença à Lei Divina determina sintonia entre encarnado e desencarnado viciados, este [obsessor] agarrando-se àquele [obsedado], sugando a grande energia magnética da infeliz fauna microbiana mental que hospeda, em processo semelhante às ervas daninhas nos galhos das árvores a sugar-lhes substância vital”.[3]
Como se não bastasse, ainda há as chamadas “drogas digitais sonoras” (e-drugs) que estão invadindo a rede mundial de computadores e se proliferam rapidamente nas redes sociais. Criada nos Estados Unidos, a “droga” em referência não é de beber, fumar, cheirar ou injetar, mas de ouvir: sim, (pasmem!) OUVIR!!! são “pílulas” sonoras digitais, que com simples batidas combinadas obrigam o cérebro a tentar equilibrá-las. Daí surgiria o “barato”. É uma ação neurológica que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido (zumbidos, mesmo!), que supostamente estimulam o cérebro a produzir sensações de “euforia”, “estados de transe” ou de “relaxamento”. Tais drogas digitais invadiram a França nos últimos anos e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos. [4]
Ante às leis humanas, não propomos aqui que o vício, especificamente o que escolhemos analisar, seja um problema de criminalidade, mas sim um problema de desequilíbrio íntimo, diante das leis da vida. E isto não apenas no terreno em que o vício é mais claramente examinado. Sobre outros tantos vícios que carregamos, como o de reclamar de tudo e de todos, Chico Xavier, com muito bom humor, explica que “se falamos demasiadamente, estamos viciados no verbalismo excessivo e infrutífero. Se bebemos café excessivamente, estamos destruindo também as possibilidades do nosso corpo nos servir.” [5]
O vício em si mesmo é toda dependência química ou psíquica geradora de solicitudes insustentáveis, capazes de levar o viciado a repetir incessantemente a ação que sacia, temporariamente, essa “aflição”. Em regra, decorre de uma ação repetitiva, que nem sempre proporciona prazer imediato, mas que ao longo do tempo torna-se objeto de necessidade exacerbada, inconveniente e prejudicial ao indivíduo. Quando ponderamos a palavra vício, podemos também citar os corrompidos pelo álcool, cigarro, dinheiro, jogatina, comida e recordamos ainda os dependentes psíquicos que estão entranhados no vício do sexo aviltante (aqueles que buscam o “barato” na pornografia através da tecnologia, mormente através da internet).
O homem deve valorizar a “drágea” do afeto, o “comprimido” do carinho, a “e-drug” da compreensão, a “gota” de renúncia, o “chá” do amor em família, a “injeção” da caridade, a “internet” da benevolência, por serem os mais eficazes remédios na cura das patologias espirituais que devastam moralmente todo projeto de vida do ser humano.
Jorge Hessen
Notas e referências bibliográfica:
(1) Simula a reação dos neurônios ao uso da cocaína. Quando o usuário passa a mão sobre algumas fileiras de farinha branca dispostas numa bandeja no final da parede, o sistema eletrônico é acionado e uma “chuva virtual” de cocaína invade o monitor. Em seguida, o cérebro do usuário entra numa espécie de curto-circuito e implode na tela.
(2) Disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/restaurante-
tematico-reproduz-efeito-da-cocaina-no-cerebro,c48314ae9ff99410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html Acessado em 15/11/2014
(3) Xavier, Francisco Cândido. Missionários da Luz, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB 1945
(4) Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/e-drugs-o-novo-fenomeno-da-internet-invadem-a-franca, acessado 12/11/2014
(5) Conforme: “O Espírita Mineiro”, número 179, julho/agosto/setembro de 1979. Publicado no livro CHICO XAVIER – MANDATO DE AMOR, Editado abril/1993 pela União Espírita Mineira – Belo Horizonte, Minas Gerais

sábado, 27 de dezembro de 2014

Tabagismo e Perispírito

Tabagismo e Perispírito


Transcrito do Livro: Janela para a Vida.
Psicografia de Chico Xavier.


Marianna:

Em 1964 escrevi um livro intitulado “Deixe de Fumar Pelo Método de Cinco Dias” que contou com seis edições seguidas. Na época eu nada sabia sobre Allan Kardec.

Via a questão “fumo-saúde” sob um ângulo parcial de higidez orgânica, dos danos físicos reversíveis ou não trazidos pelo cigarro, da dependência do fumante em relação à nicotina e outros componentes do fumo. Decorridos dez anos, circunstâncias pessoais de dor e reflexão me levaram ao estudo da Doutrina codificada por Kardec sob a orientação do Mundo Espiritual Superior.

Uma nova visão acerca da vida, do destino e da morte do ser humano aos poucos haveria de despertar-me para as inarredáveis realidades da alma em suas recorrentes trajetórias terrenas. O conhecimento das leis de causa e efeito, sobretudo no que concerne ao princípio intermediário entre a matéria e o espírito, elo de união conhecido pelo nome de perispírito, levar-me-ia a refletir mais adiante nos danos visíveis e invisíveis que certos hábitos adquiridos, quase sempre inconscientemente, nos causam.

Desde o “Livro dos Espíritos”, a literatura doutrinária vem mostrando abundantemente a estreita vinculação desse tripé homogêneo representado pelo “corpo-perispírito-espírito”. Observei, outrossim, serem relativamente escassas as informações disponíveis em torno da influência do cigarro no perispírito, por se tratar de um hábito relativamente novo na existência humana.

Ocorreu-me então a idéia de submeter a questão à apreciação de Emmanuel, através de perguntas formuladas a Chico Xavier. Ao tempo em que Kardec viveu, o tabagismo era elitista, quase não se difundira em termos das populações. Porém, de um modo geral, o tema ficou incluído no capítulo “Das Paixões", dessa obra básica, conforme questões de nº. 907 a 912. Dali extraímos as seguintes proposições respondidas pelos espíritos:

“Visto que o princípio das paixões está na Natureza, ele é mau em si mesmo?"
– Não, a paixão está no excesso acrescentado à vontade, porque o princípio foi concedido ao homem para o bem e as paixões podem levá-lo ;as grandes coisas, sendo o abuso que delas se faça que causa o mal.

O homem poderia sempre vencer suas más tendências por seus esforços? – Sim, e, algumas vezes, por fracos esforços. É a vontade que lhe falta. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!

Não há paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade não tem poder para superá-las?
– Há muitas pessoas que dizem: ‘eu quero’, mas a vontade não está senão nos lábios; elas querem, mas estão contentes que assim não seja. Quando se crê não poder vencer suas paixões, é que o Espírito nelas se compraz em conseqüência de sua inferioridade. Aquele que procura reprimi-las, compreende sua natureza espiritual, e as vitórias são para ele um triunfo do Espírito sobre a matéria.

Qual é o meio mais eficaz de combater a predominância da natureza corporal?
– Praticar a abnegação de si mesmo.”

A ação do perispírito:

Sabemos, portanto, que o perispírito é o agente intermediário das sensações externas. Tudo que façamos, nele fica gravado indelevelmente, como se fora num filme intocado, Após a morte do corpo físico, as sensações se generalizam no espírito, ou seja, as dores não ficam localizadas. Num paciente que tenha desencarnado, por exemplo, de câncer pulmonar proveniente do uso prolongado e constante do cigarro, o espírito não fica propriamente sofrendo de um mal localizado, mas de um mal correspondente que lhe abrange toda a constituição espiritual.

Às nossas perguntas Chico Xavier deu as seguintes respostas:

P – A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo físico? Até quando?
R – “O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos tecidos sutis do corpo ,espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispirítico, o que, na maioria das vezes, tem a duração do tempo correspondente ao tempo em que o hábito perdurou na existência física do fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida paro arredar de si o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer dependência do fumo.” (EMANUEL)
Marianna:

Redução da resistência orgânica:

P – Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de quem fuma?
R – “As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obsedante que as melhores lições e surpresas da Vida Maior lhe passam quase que despercebidas, até que se lhe normalizem as percepções. O assunto, no entanto, no capítulo da saúde corpórea, deveria ser estudado na Terra mais atenciosamente, de vez que a resistência orgânica decresce consideravelmente com o hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderiam ser claramente evitáveis. A necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa sem esse hábito estabelece clara diferença.” (EMMANUEL)

P – Sendo o perispírito o substrato orgânico resultante de nossas vivências passadas, seria certo raciocinar que uma criança, nascida de pais fumantes, já teria nessa circunstância uma prova inicial a ser vencida, em conseqüência de certas tendências negativas de vidas passadas?
R – “muitas vezes os filhos ou netos de fumantes e dipsômanos inveterados são aqueles mesmos espíritos afins que já fumavam ou usavam agentes alcoólicos em companhia deles mesmos, antes do retorno à reencarnação. Compreensível, assim, que muitas crianças (espíritos extremamente ligados aos hábitos e idiossincrasias dos pais e dos avós) apresentem, desde muito cedo, tendências compulsivas para o fumo ou para o álcool, reclamando trabalho persistente e amoroso de reeducação.”

No Mundo Espiritual Maior há tratamento para fumantes inveterados, ou seja, como se faz na Terra, através de quotas diárias cada vez menores, etc.

- As indagações decorrentes são: se o fumante não abandonar o cigarro durante o transcurso da vida física terá de fazê-lo, inarredavelmente, na esfera espiritual?

- E quanto tempo exigirão tais tratamentos antitabágicos para fumantes desencarnados?

Na vida extrafísica também ocorrem reincidências ou recaídas dos dependizados do fumo?
R – “Justo esclarecer que não apenas quanto ao fumo, mas igualmente quanto a outros hábitos prejudiciais, somos compelidos na Espiritualidade a esquecê-los, se nos propomos a seguir para diante, no capítulo da própria sublimação. O tratamento na Vida Maior para que nos desvencilhemos de costumes nocivos perdura pelo tempo em que nossa vontade não se mostre tão ativa e decidida, quanto necessário, para a liberação precisa, de vez que nos planos extrafísicos, nas vizinhanças da Terra propriamente dita, as reincidências ocorrem com irmãos numerosos que ainda se acomodam com a indecisão e a insegurança.”

P – Há pessoas que alegam não poder deixar de fumar porque o cigarro é uma companhia contra a solidão. Que tem a considerar sobre isso?
R – “Em nossa palavra, não desejamos imprimir censura ou condenação a ninguém, mas, ao que nos parece, o melhor dissolvente da solidão é o trabalho em favor do próximo, através do qual se forma, de imediato, uma família espiritual em torno do servidor.”

Afirmam muitos fumantes que, sem cigarros, não conseguem pensar com clareza, memorizam mal e não conseguem permanecer calmos. A pesquisa médica objetiva e imparcial, inobstante, revela que o fumo é um veneno para os nervos.

Qual sua opinião?
R – “A opinião médica, no assunto, é a mais justa. Considerando os prejuízos dos amigos fumantes contra eles mesmos, a racionalização não se revela bem posta.”

P – O fumante que, após anos de luta contra o hábito arraigado de fumar, finalmente consegue desligar-se da dependência da nicotina, do alcatrão, do furfurol, do monóxido de carbono e de tantos outros componentes tóxicos, estará conseguindo, em termos espirituais, um feito luminoso?
R – “Conseguir esquecer o hábito arraigado de fumar é, realmente, uma vitória espiritual de alto alcance.”

Pesquisas médicas revelam que a dependência física dos fumantes, sua “fome” de nicotina e derivados do fumo, costuma ser mais compulsiva que a dependência orgânica dos viciados em narcóticos.

Isto é certo se o enfoque for do Plano Espiritual para o Plano Físico?
R – “Acreditamos que ambos os tipos de dependência se equiparam na feição compulsiva com que se apresentam, cabendo-nos uma observação: é que o fumo prejudica, de modo especial, apenas ao seu consumidor, quando os narcóticos de variada natureza são suscetíveis de induzir seus usuários a perigosas alucinações que, por vezes, lhes situam a mente em graves delitos, comprometendo a vida comunitária.”

Algumas indústrias do fumo em vários países, pressionadas pelas autoridades de saúde pública, para não diminuir sua clientela dispõem-se a fabricar sucedâneos de cigarros com pouca ou nenhuma nicotina, recorrendo a aromatizantes, etc.
Marianna:

Seria válido tal recurso industrial?
R – “Compreendendo as nossas próprias dificuldades, em matéria de renovação íntima, sempre difícil para todos aqueles que cultivam sinceridade para com a própria consciência, não devemos subestimar o esforço da indústria, no sentido de atenuar a nicotina ou suprimi-la, recorrendo a meios pacíficos que auxiliem os fumantes a esquecê-la sobretudo gradativamente.”

P – É viável imaginar-se que um fumante, tendo desencarnado, tão logo desperte do letargo da morte física sinta desde aí o prosseguimento da vontade insopitável de fumar?
R – "Quando o espírito não conseguiu desvencilhar-se de hábitos determinados, enquanto no corpo físico, é compreensível que esses mesmos hábitos não o deixem tão logo se veja desencarnado.”

P – Em que consistem os cigarros etéricos, no plano extrafísico, utilizados por espíritos fumadores? Enfim, é mais fácil deixar de fumar no Plano Físico ou no Plano Espiritual?
R – “O fumo, decorrente de recursos condensados para a sustentação de hábitos humanos, em derredor do Plano Físico, é constituído por agentes químicos semelhantes àqueles que integram o fumo, no campo dos homens.

E, em se tratando de costume nocivo da entidade espiritual, tanto encarnada quanto desencarnada, tão difícil é a erradicação do hábito de fumar na Terra quanto nos círculos de atividade espiritual que a rodeiam, no que tange à sensações de ordem sensorial.” Com apenas ligeiras restrições quase todos os países do mundo admitem o consumo social e a promoção do fumo, tendo em vista sua vultosa contribuição ao erário em forma de impostos, empregos, etc.

Que é mais importante: racionalizações baseadas na predominância de valores econômicos que aumentam a riqueza de uma sociedade, ou a preservação de outra riqueza, a representada pela saúde humana?
R – “O assunto é complexo, de vez que somos impulsionados, pelo espírito de humanidade, a considerar que o fumante arruína as possibilidades unicamente dele mesmo, requisitando, de modo quase que exclusivo, o manejo da própria vontade para exonerar-se de um hábito que lhe estraga a saúde.

Partindo do princípio de que o uso do fumo se relaciona com a liberdade de cada um, indagamos de nós mesmos: não será mais compreensível que o homem pague ao seu grupo social essa ou aquela taxa de valores econômicos, pela permissão de usar uma substância unicamente nociva a ele próprio, aumentando a riqueza comum, do que induzi-lo a uma situação de clandestinidade a que se entregaria fatalmente o fumante inveterado, sem nenhum proveito para a sociedade a que pertence? Como vemos, é fácil observar que a supressão do tabagismo é um problema de educação, com sólidos fundamentos no autocontrole.”

P – Obséquio explicar-nos a relação “fumo-constituição molecular do perispírito” e os reflexos de um sobre o outro, nos dois Planos da Matéria.
R – “Qualquer hábito prejudicial cria condições anômalas para o perispírito, impondo-lhe condicionamentos difíceis de serem erradicados. Quanto à definição do relacionamento ‘hábito nocivo-constituição molecular do perispírito e os reflexos de um sobre o outro nos dois planos da matéria’, em nos reportando às vivências da Terra, ainda não dispomos de terminologia própria a fim de apresentar por dentro o fenômeno em si, como seria de desejar.”
Marianna:

P – Pode dizer-nos se em civilizações extraterrenas mais evoluídas que a terrestre, sobrevivem esses problemas compulsivos de tabagismo, alcoolismo e tóxico?
R – “Nas civilizações sublimadas, que consideramos por muito mais evoluídas que a civilização terrestre, os problemas de tabagismo, alcoolismo e toxicomania, efetivamente não existem.” (EMMANUEL)

Fumo e mediunidade:

P – Você considera o hábito de fumar um suicídio em câmara lenta? Por quê?
R – Creio que o hábito de fumar não pode ser definido por suicídio conscientemente considerado. Será um prejuízo que o fumante causa a si mesmo, sem a intenção de se destruir, mas o prejuízo que se deve estudar com esclarecimento, sem condenação, para que a pessoa se conscientize quanto às conseqüências do fumo, no campo da vida, de maneira a fazer as suas próprias opções.

P – Você teria alcançado condições de desempenho de seu mandato mediúnico, ao longo de mais de meio século de trabalho incessante, se fosse um dependente da nicotina?
R – Creio que não, com referência ao tempo de trabalho, de vez que a ingestão de nicotina agravaria as doenças de que sou portador, mas não quanto a supostas qualidades espirituais para o mandato referido, de vez que considero "o hábito de cultivar pensamentos infelizes” uma condição pior que o abuso da nicotina e, sinceramente, do “hábito de cultivar pensamentos infelizes” ainda não me livrei.

P – Que é que você habitualmente aconselha aos fumantes enfraquecidos por derrotas sucessivas, vêm pedir orientação, forças renovadas e motivação para vencer a dependência física e mental criada pela nicotina?
R – A prece e o trabalho, em meu entendimento, são sempre os melhores recursos para defender-nos contra qualquer desequilíbrio.

Chico Xavier.

Livro: Janela para a Vida.