quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Curar-se



Éramos a única família no restaurante com uma criança. Eu coloquei Daniel numa cadeira para crianças e notei que todos estavam tranquilos, comendo e conversando.

De repente, Daniel gritou animado, como que dizendo: “Olá, amigo!”, batendo na mesa com suas mãozinhas gordas.

Seus olhos estavam bem abertos pela admiração e sua boca mostrava a falta de dentes. Com muita satisfação, ele ria, se retorcendo.

Eu olhei em volta e vi a razão de seu contentamento. Era um homem andrajoso, com um casaco jogado nos ombros, sujo, engordurado e rasgado.

Suas calças eram trapos com as costuras abertas até a metade e seus dedos apareciam através do que foram, um dia, os sapatos. Sua camisa estava suja e seu cabelo não havia sido penteado por muito tempo. Seu nariz tinha tantas veias que parecia um mapa.

Estávamos um pouco longe dele para sentir seu cheiro, mas asseguro que cheirava mal.

Suas mãos começaram a se mexer para saudar. “Olá, neném. Como está você?”, disse o homem a Daniel. Minha esposa e eu nos olhamos: “Que faremos?”.

Daniel continuou rindo e respondeu, “Olá, olá, amigo”.

Todos no restaurante nos olharam e logo se viraram para o mendigo. O velho sujo estava incomodando nosso lindo filho.

Trouxeram a comida e o homem começou a falar com o nosso filho como um bebê. Ninguém acreditava que o que o homem estava fazendo era simpático. Obviamente, ele estava bêbado.

Minha esposa e eu estávamos envergonhados. Comemos em silêncio; menos Daniel que estava super inquieto e mostrando todo o seu repertório ao desconhecido, a quem conquistava com suas criancices.

Finalmente, terminamos de comer e nos dirigimos à porta. Minha esposa foi pagar a conta e eu lhe disse que nos encontraríamos no Estacionamento. O velho se encontrava muito perto da porta de saída.

“Deus meu, ajuda-me a sair daqui antes que este louco fale com Daniel”, disse orando, enquanto caminhava perto do homem. Estufei um pouco o peito, tratando de sair sem respirar nem um pouco do AR que ele pudesse estar exalando.

Enquanto eu fazia isto, Daniel se voltou rapidamente na direção onde estava o velho e estendeu seus braços na posição de “carrega-me”. Antes que eu pudesse impedir, Daniel se jogou dos meus braços para os braços do homem.

Rapidamente, o velho fedorento e o menino consumaram sua relação de amor. Daniel, num ato de total confiança, amor e submissão, recostou sua cabeça no ombro do desconhecido.

O homem fechou os olhos e pude ver lágrimas correndo por sua face.

Suas velhas e maltratadas mãos, cheias de cicatrizes, dor e trabalho duro, suave, muito suavemente, acariciavam as costas de Daniel. Nunca dois seres haviam se amado tão profundamente em tão pouco tempo.

Eu me detive aterrado. O velho homem, com Daniel em seus braços, por um momento abriu seus olhos e olhando diretamente nos meus, me disse com voz forte e segura: “Cuide deste menino”.

De alguma maneira, com um imenso nó na garganta, eu respondi: “Assim o farei”. Ele afastou Daniel de seu peito, lentamente, como se sentisse uma dor.

Peguei meu filho e o velho homem me disse: “Deus o abençoe, senhor. Você me deu um presente maravilhoso”. Não pude dizer mais que um entrecortado “obrigado”.

Com Daniel nos meus braços, caminhei rapidamente até o carro.

Minha esposa perguntava por que eu estava chorando e segurando Daniel tão fortemente, e por que estava dizendo: “Deus meu, Deus meu, me perdoe”.

Eu acabava de presenciar o amor de Cristo através da inocência de um pequeno menino que não viu pecado, que não fez nenhum juízo; um menino que viu uma alma e uns adultos que viram um montão de roupa suja.

Eu fui um cristão cego carregando um menino que não o era. Eu senti que Deus estava me perguntando: “Estás disposto a dividir seu filho por um momento?”, quando Ele compartilhou Seu Filho por toda a eternidade.

O velho andrajoso, inconscientemente, me recordou: Eu asseguro que aquele que não aceite o reino de Deus como um Menino, não entrará nele. (Lucas 18:17).

Apenas repita esta frase e verá como Deus se move: “Senhor Jesus Cristo, te amo e te necessito, entre em meu coração, por favor”.

Passe esta mensagem a algumas pessoas especiais. Não porque você receberá um milagre amanhã.

Mas porque você recebe o milagre todos os dias...

O milagre de estar vivo!
daqui 

sábado, 27 de agosto de 2016

O significado da morte de nossos pais…

Depois da morte dos pais, a vida muda muito. Enfrentar a orfandade, inclusive para pessoas adultas, é uma experiência surpreendente. No fundo de todas as pessoas sempre continua vivendo aquela criança que pode correr para a mãe ou o pai para se sentir protegido. Mas quando eles vão embora, essa opção desaparece para sempre.
Você irá deixar de vê-los, não por uma semana, nem por um mês, e sim pelo resto da vida. Os pais foram as pessoas que nos trouxeram ao mundo e com quem você compartilhou o mais intimo e frágil. Já não estarão presentes aqueles seres pelos quais, em grande parte, chegamos a ser o que somos.
“Quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, este fica preso para sempre.”
-Gabriel García Márquez-

A morte dos pais: entre falar dela e vivê-la, existe um grande abismo…

Nunca estamos plenamente preparados para enfrentar a morte, ainda mais quando se trata da morte dos pais. É uma grande adversidade que dificilmente pode ser superada totalmente. Normalmente, o máximo que se consegue é assumi-la e conviver com ela. Para superá-la, pelo menos em teoria, deveríamos entendê-la, mas a morte, no sentido estrito, é totalmente incompreensível. É um dos grandes mistérios da existência: talvez o maior.
Obviamente, a forma como assimilamos as perdas tem muito a ver com a forma como aconteceram. Uma morte das chamadas por “causas naturais” é dolorosa, mas um acidente ou um assassinato é muito mais. Se a morte tiver sido precedida por uma longa doença, a situação é muito diferente de quando acontece de forma súbita.
Também influencia o tempo entre a morte de um de outro: se houve pouco tempo, o luto será mais complexo. Se ao contrário, o lapso for mais extenso, certamente a pessoa estará um pouco melhor para aceitá-lo.
Não apenas é o corpo que se vai, e sim todo um universo. Um mundo feito de palavras, de carícias, de gestos. Inclusive, de repetidos conselhos que às vezes irritavam um pouco e de “manias” que nos faziam sorrir ou esfregar a cabeça porque os reconhecemos nelas. Agora começam a se fazer sentir ausentes de uma forma difícil de lidar.
A morte não avisa. Pode ser presumida, mas nunca anuncia exatamente quando irá chegar. Tudo se sintetiza em um instante e esse instante é categórico e determinante: irreversível. Tantas experiências vividas ao lado deles, boas e ruins, se estremecem de repente e ficam somente em lembranças. O ciclo se cumpriu e é hora de dizer adeus.

“O que está, sem estar”…

Em geral, pensamos que esse dia nunca chegará, até que chega e se faz real. Ficamos em estado de choque e vemos apenas uma caixão, com o corpo rígido e quieto, que não fala e não se move. Que está ali, sem estar ali…
Porque com a morte começam a ser compreendidos muitos aspectos da vida das pessoas falecidas. Aparece uma compreensão mais profunda. Talvez o fato de não ter as pessoas queridas presentes suscita em nós o entendimento sobre o porquê de muitas atitudes até então incompreensíveis, contraditórias ou mesmo repulsivas.
Por isso, a morte pode trazer consigo um sentimento de culpa frente a aquele que morreu. É preciso lutar contra esse sentimento, já que não acrescenta nada e afunda em mais tristeza, sem poder remediar nada. Para que se culpar se você não cometeu nenhum erro? Somos seres humanos e acompanhando essa despedida, precisa existir um perdão: do que se vai para com aquele que fica ou do que fica para com aquele que se vai.


Aproveite-os enquanto puder: não estarão aí para sempre…

Quando os pais morrem, independentemente da idade, as pessoas costumam experimentar um sentimento de abandono. É uma morte diferente das outras. Por sua vez, algumas pessoas se negam a dar a importância que o fato merece, como mecanismo de defesa, em forma de uma negação encoberta. Mas esses lutos não resolvidos retornam em forma de doença, de fadiga, de irritabilidade ou sintomas de depressão.
Os pais são o primeiro amor. Não importa quantos conflitos ou diferenças tenham existido com eles: são seres únicos e insubstituíveis no mundo emocional. Mesmo sendo autônomos e independentes, mesmo que o nosso relacionamento com eles tenha sido tortuoso. Quando já não estão, passa a existir uma sensação de “nunca mais” para uma forma de proteção e de apoio que, de uma forma ou de outra, sempre esteve ali.

De fato, aqueles que não conheceram seus pais, ou se afastaram deles muito cedo, costumam carregar essa ausência como um lastro a vida toda. Uma ausência que é presença: fica no coração um lugar que sempre lhes pertence.
De qualquer forma, uma das grandes perdas na vida é a dos pais. Pode ser difícil de superar se houve uma injustiça ou negligência no trato deles. Por isso, enquanto estiverem vivos, é importante ter consciência de que os pais não estarão ali para sempre. De que são, genética e psicologicamente, a realidade que nos deu origem. Que são únicos e que a vida mudará para sempre quando partirem.

daqui

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Meditação Divaldo Franco para Perdão e Cura



Faça a meditação sozinho,deitado ou sentado,olhos fechados por 90 dias para doenças como câncer.Divaldo fez para o seu primo e de um diagnóstico de incurável evoluiu para curado!
Claro que fez todos os procedimentos padrões da medicina.Não sei quais eram.O importante é que curou-se.A força do pensamento é imensa!!!!