terça-feira, 17 de maio de 2016

A maneira como dizemos as coisas

Certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
 – Que desgraça, senhor! – Exclamou o adivinho. – Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
 – Mas que insolente – gritou o sultão, enfurecido – Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
 Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
 Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
 – Excelso senhor! Grande felicidade vos esta reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
– Não é possível! A interpretação que você fez foi à mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem chicotadas e a você com cem moedas de ouro.
– Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho – que tudo depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta duvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade. A embalagem, nesse caso, é o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos. Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho. E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença e a maneira de dizer as coisas...
Esta clássica história nos alerta para o fato de que não é o que dizemos, mas como dizemos...
Como você tem dito as coisas?
Experimente aprimorar a forma de dizer e observe a mudança em quem escuta.

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